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A MULHER RESPONSÁVEL PELA FUNDAÇÃO DA APAE DE NAVEGANTES

Cansada de depender de Itajaí, Dona Ema Zucco Fagundes lutou pela criação da entidade em Navegantes.

Nesse Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Jornal nos Bairros relembra a história da Dona Ema Zucco Fagundes, 90 anos, mulher guerreira responsável pela fundação da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) no município de Navegantes. Hoje, com Alzheimer, suas lembranças estão se apagando, mas sua luta em favor das pessoas especiais será sempre lembrada pelos navegantinos.  

Natural do município de Luiz Alves (SC), com 25 anos de idade veio para Navegantes, para trabalhar com o falecido ex-prefeito Cirino Adolfo Cabral. Em 1959, casou-se com Mozart Fagundes, que possuía uma deficiência intelectual, Um ano depois, nascia o primeiro dos oito filhos do casal – seis deles especiais.

Ela é mãe de José Carlos, Maria de Fátima (em memória), Luiz Cláudio (Zinho), Sandro, Vandelino, Marcos Vinicius (em memória); João Edson e Gerson Fagundes.

Após 17 anos, já cansada e com dificuldade de deslocar-se até o município vizinho, Itajaí, para acompanhar os filhos especiais na sede da APAE, Dona Ema solicitou ao então prefeito João José Fagundes que fundasse uma APAE em Navegantes.

A 1ª Dama do município na época, Vera Fagundes, então se reuniu a um grupo de senhoras e formou, no dia 21 de julho de 1980, a primeira diretoria da APAE de Navegantes. Naquele mesmo mês, iniciava-se o atendimento aos alunos especiais, em uma sala na Colônia dos Pescadores.

Apae de Navegantes começou a atender em 1980, em uma sala na Colônia dos Pescadores.

“Eu tenho que louvar a Deus, porque ele me deu forças e paciência, afinal não é fácil lidar com seis filhos com deficiência. Eu ia quase toda a semana, além de levar eles para a escola, eu tinha reunião. Mas meus filhos nunca me incomodaram, são muito amados por Deus e pela família”, falou em entrevista ao Jornal nos Bairros, em 2016.

Com sua luta, Dona Ema ajudou muitas mães na inserção de seus filhos na educação especial e atendimento especializado. Modesta, ela não se gaba disso, diz que quiseram intitular com o seu nome a entidade, mas ela não quis, falou para deixar só APAE de Navegantes.

Hoje, com quase 44 anos, a APAE de Navegantes atende 218 alunos, conta com 54 profissionais e oferece serviços de educação, saúde e assistência social para crianças e adultos, por meio de programas de desenvolvimento de acordo com cada idade, com o objetivo de oferecer à pessoa com deficiência intelectual e outras deficiências associadas condições adequadas para o seu desenvolvimento global e independência.

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