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NOSSA HISTÓRIA: O CASARÃO DE 131 ANOS E A CASA DE PAULINA GAYA

Casarão Escalvados em Navegantes

Tombada nos termos da Lei 2532/ 2011 como Patrimônio Histórico de Navegantes, o Casarão de Escalvados, localizado às margens da Rodovia SC-414, em Navegantes, foi construído no século XIX, por volta de 1890, pelo Sr. Bernardino Müller. Conforme o superintendente da Fundação Cultural, Marco Montagna, a casa é de relevância histórica por se tratar dos poucos remanescentes da tipologia arquitetônica com traços da imigração alemã no município.

A edificação de alvenaria preserva vestígios da arquitetura original da época da construção, em estilo alemão. Tem uma varanda grande na frente da casa, pilastras de madeira maciça no seu interior, em uma sala grande, assoalho com tábuas largas. Seu restauro teve início no começo de 2019, por meio de financiamento da Lei Federal de Incentivo à Cultura. No começo de 2020, com patrocínio da Fundação Cultural de Navegantes/ Edital Vilma Mafra 2020, a restauração avançou mais uma etapa, a de recuperação e reconstrução do seu reboco.


A CASA QUE MOROU PAULINA GAYA

A casa localizada na Av. Santos Dumont, no Centro de Navegantes, é, junto com a de Escalvados, umas das construções mais antigas da cidade e umas das poucas que continuam de pé. Pertenceu à família Gaya e foi construída pelo primeiro ancestral, Manoel dos Santos Gaya, vindo do povoado de Vila de Nova Gaya (Porto – Portugal). Pelos registros, Manoel morreu em 1905, o que comprova o centenário da casa. Depois da morte de Manoel, a casa passou para a sua filha, a professora Paulina Gaya, que deu nome à uma escola de educação básica no bairro São Domingos. Após Paulina Gaya, segundo o livro “O Navegantes que eu te conto”, da autora Didymea Lazzaris de Oliveira, o prefeito Cirino Adolfo Cabral (1963-1968/ 1973/1976) transferiu a prefeitura para o local, já por ser uma casa histórica do município.

Em 1969, a casa foi comprada pela família Alves, que está há cinco décadas com o casarão. Em 2011, a moradora Maria Coelho Alves (em memória) deu uma entrevista ao Jornal nos Bairros, quando declarou seu amor pelo casarão histórico. “Não dou, nem vendo. Meu sonho é restaurar essa casa, para continuar preservando a história de Navegantes”.


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