ÉPOCA DE CAMPANHA

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL DE SANTA CATARINA – SECCIONAL NAVEGANTES – SC

Texto: Acadêmica Professora Vilma Rebello Mafra, cadeira n. 14

A palavra campanha evoca em nossas mentes uma infinidade de sentidos. Usamos esse termo tão rico de significados nas igrejas, quando se pretende alcançar objetivos definidos através de orações, sacrifícios, jejuns, prestação de serviços ou doações.

Uma campanha também pode ser um conjunto de operações militares num período de guerra, e ainda, ser um movimento de propaganda comercial para aquecimento de vendas. Em termos geográficos, denomina-se campanha, uma região de extensa planície ondulada em coxilhas, coberta de vegetação herbácea, própria para a pecuária, bastante presente em terras gaúchas.

No entanto, a campanha que nos motiva refletir neste momento é a “campanha eleitoral” que se desencadeia em nossos municípios, e que como as demais, também é um forte movimento de ações e esforços na consecução de um objetivo: vender a melhor proposta para convencer a população do talento, das boas intenções e propósitos de grandes realizações dos candidatos.

Esse é um movimento que se repete a cada dois anos designado por aqueles que se beneficiam do exercício de cidadania e fortalecimento da democracia. A realidade desse evento revela um outro lado menos edificante, quando se observa uma enxurrada de recursos financeiros para a captação de votos; quando categorias que deveriam representar a nossa segurança se desvirtuam, impedindo através de verdadeiras emboscadas, os cidadãos mais humildes de chegarem em suas zonas eleitorais, como ficou evidenciado nas últimas eleições para o executivo federal.

Outra irregularidade, percebe-se quando líderes religiosos ousam utilizar os púlpitos e embandeirar os templos a serviço da conquista de votos, ignorando a liberdade de escolha dos devotos e do próprio discernimento que a universalidade ecumênica deveria preponderar.