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MORADORES PROTESTAM PARA QUE ÁREA INVADIDA SEJA REGULARIZADA

Mais de 200 moradores de terrenos invadidos no bairro Meia Praia fizeram um protesto em frente à prefeitura de Navegantes na manhã desta última quarta-feira (21), para cobrar do prefeito Roberto Carlos de Souza o que eles dizem ser o cumprimento de uma promessa política.

Os moradores da invasão afirmam que o prefeito disse que ajudaria a regularizar a situação da famílias que vivem irregularmente nos terrenos. Atualmente vivem naquela área cinco mil pessoas sendo aproximadamente 800 famílias. Alguns deles, principalmente moradores da rua Francisco José Baron, sofrem com a falta de luz. Segundo eles, a Celesc cortou o fornecimento de energia elétrica de diversas casas antes do Natal, deixando os moradores revoltados com a situação.

A Polícia Militar esteve presente no protesto e ajudou a conter tumultos dos manifestantes contra os funcionários públicos. Cinco representantes da comunidade foram até o gabinete do prefeito para conversar; Durante o encontro, a administração pública afirmou que não tem como intervir na decisão da Celesc, que é um órgão estadual e que os terrenos invadidos têm donos.

O prefeito Roberto Carlos disse que houve um mal entendido. Segundo ele, afirmou aos moradores que iria agir na legalidade e ver a possibilidade de regularização dos terrenos. Mas que não era uma promessa política. Navegantes tem um projeto de regularização fundiária que está na Justiça há anos. Conforme o documento, se a pessoa estiver morando em uma área invadida há mais de cinco anos e o proprietário não reclamar o terreno, pode conseguir a regularização definitiva da situação.

ENQUETE

Você acha que os moradores de área de invasão no bairro Meia Praia têm razão em protestar?

Fernando Inácio, bancário, bairro centro.

Sim. Eu acredito que a invasão começou errada e sem qualquer planejamento. Mas como foi permitida a permanência deles e hoje tem um grande número de famílias vivendo há anos nessas áreas, penso que o governo – não apenas municipal – deve um apoio na assistência das necessidades básicas dessas pessoas.

Eduardo Corrêa, empresário, bairro centro.

Não. Eu sou completamente contra porque a área invadida representa propriedade de outro e, com certeza, pessoas pagam impostos por essa área. É completamente incabível você ter o seu imóvel tomado à força e uma pessoa querer ter direitos de luz, de água, em uma propriedade que não é dela, não faz sentido.

Larissa Jardim, administradora, centro.

Não. Como todo mundo que trabalha, que busca comprar sua casa, terreno, eles também têm que fazer isso. Emprego tem, na cidade, na região, tem emprego para todo mundo, Se vier tudo de “mão beijada” e o prefeito aceitar, é errado. Eles têm que batalhar para adquirir o que querem, assim como todo mundo. Senão fica muito fácil. Eu também vou invadir um terreno porque eu quero ter minha casa, um carro, vou sair me apropriando de uma coisa que não é minha porque eu preciso.


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