O senador e pré-candidato ao Governo do Estado, Esperidião Amin (Progressistas), divulgou em suas redes sociais que participou, no dia 12 de julho, em Brasília, de uma audiência com o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, sobre a reinserção da construção da segunda pista para pouso e decolagem no aeroporto de Navegantes, no plano de investimentos do terminal.
Segundo ele, a reinserção da nova pista já está aprovada e definida, inclusive, pela concessionária CCR, assim como as desapropriações devem prosseguir. O senador escreveu, inclusive, que no começo de agosto haverá uma reunião para homologação do compromisso, entre CCR e Ministério da Infraestrutura, de construção da segunda pista do aeroporto e um cronograma adequado a essa demanda.
Mas, ao contrário do que afirmou Amin, a CCR reiterou que as grandes obras estão todas previstas no edital, com datas específicas de entrega, mas que o edital não prevê a construção de uma segunda pista. Disse ainda que está avaliando diversas possibilidades de desenvolvimento do aeroporto ao longo dos próximos 30 anos, não descartando o projeto, mas também não se comprometendo com a obra.
Ao que tudo indica, nada mudou. Apesar das várias manifestações do Governo do Estado, de lideranças políticas e de entidades representativas, nada garante a construção da segunda pista no aeroporto de Navegantes. O erro ou falta de vontade já partiu no ano passado, do Governo Federal, que se negou em alterar a redação final do edital de concessão, único meio para garantir a obra que iria promover o desenvolvimento de todo o estado, com a ampliação do transporte aéreo de cargas de produtos catarinenses
A não contemplação da nova pista gera também desperdício de recursos já investidos, considerando que o município de Navegantes já realizou desapropriações de 2 milhões de metros quadrados, dos 3 milhões necessários para a construção da nova pista.
Ao privilegiar investimentos no aeroporto de Curitiba, o Governo Federal irá congelar o desenvolvimento do aeroporto de Navegantes por 30 anos. Nos estudos de viabilidade, realizados antes da concessão do aeroporto, não foram apresentadas as razões pelas quais estavam sendo privilegiados os investimentos no aeroporto de Curitiba, no Paraná. Quando se iniciaram as consultas públicas sobre a concessão, havia previsão de que a concessionária que viesse a vencer a licitação deveria investir R$ 700 milhões no aeroporto de Navegantes e R$ 536 milhões em Curitiba; no entanto, quando lançado definitivamente o edital, houve uma redução de quase metade dos investimentos em Navegantes e inclusão de pista só para Curitiba.
Há quem diga que tudo não passa de politicagem. Uma vez que não é novidade para ninguém que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não morre de amores pelo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (Republicanos) – ao contrário do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), que esteve na quarta-feira (20), em Brasília, com Bolsonaro, solicitando o seu apoio à sua pré-candidatura à reeleição e vice e versa.
Esperamos cenas dos próximos capítulos…
