Por Daniele Lisandro
No dia 23 de abril, celebrou-se o dia mundial do livro, que serve também como forma de incentivo a leitura, e para homenagear grandes autores. A data foi escolhida em tributo aos escritores William Shakespeare e Miguel de Cervantes.
Em decorrência da data decidi escrever sobre os mesmos, que desempenham um papel tão fundamental em nossas vidas, desde nossa infância, quando nos ensinam as primeiras palavras, primeiros números e histórias.
Os livros nos salvam, os livros são tanto um refúgio quanto um refrigério para as almas que têm sede de conhecimento, sede de aprender , de enriquecer seu vocabulário e sua forma de se comunicar com os demais.
Abrir um livro muitas vezes é abrir a porta para um “mundo” cheio de aventuras a serem exploradas, cheio de personagens que se parecem um pouco com nós mesmos ou com as pessoas que um dia cruzaram pelas nossas vidas.
Cada vez que lemos, temos a possibilidade de entrar no universo infinito que as páginas apresentam, e transcendermos as formas duras e engessadas de um momento para ingressarmos nesse campo rico de narrativas que serão interpretadas por cada um de nós.
Cada obra nos convida a percorrer um novo campo, que poderá nos proporcionar conhecimento acerca de uma área específica, nos inquietar com um tema, nos fazer refletir, ou simplesmente nos “transportar” para uma história idílica.
Quem entra em contato com as obras de Dostoievski, por exemplo, tem a oportunidade de se deparar com questões profundas do comportamento humano, indagando suas próprias fragilidades e limitações, ou ainda ficar maravilhado com as “noites brancas” de São Petersburgo, sem nunca ter pisado na cidade russa.
Quem lê Shakespeare, percebe a complexidade das emoções do maior dramaturgo de todos os tempos, e se identifica, por vezes, com algumas delas: “O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo”, ou se debate com a famosa frase em Hamlet : “Ser ou não ser eis, a questão”.
E quem não se encanta e até se diverte com Dom Quixote, obra-prima de Miguel de Cervantes? “Esse meu mestre, por mil sinais, foi visto como um lunático, e também eu não fiquei para trás, pois sou mais pateta que ele, já que o sigo e o sirvo, se é verdadeiro o refrão que diz: ‘diga-me com quem anda e te direi quem és’ e o outro de ‘não com quem nasce, mas com quem passa’.”
Certamente, a tentativa de homenagem aos livros é limitada, pois seria preciso muito mais, para demonstrar o que eles significam na minha vida e na vida de todos nós que somos apaixonados por eles.
“Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca”. — Jorge Luis Borges