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AS ELEIÇÕES ACABARAM. AGORA É BRASIL

Por José Otávio Menten, Engenheiro Agrônomo, Presidente do CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável)

As eleições de 2022 foram as mais polêmicas do Brasil. A terceira via não decolou , houve intensa polarização e foi decidida por uma pequena margem de votos. O presidente foi eleito com cerca de 51% dos votos válidos; isso significa 49% de votos contrários, mas 30% dos eleitores não votaram em qualquer um dos candidatos no 2º turno: foram as abstenções e votos brancos e nulos.

Dessa forma, o novo presidente vai começar o governo com provável apoio popular reduzido, com poder legislativo majoritariamente contrário e com um poder judiciário que muitos entendem apresentar hiperativismo. Com a dificuldade do executivo e do legislativo resolverem seus problemas, tem sido cada vez mais frequente a judicialização das disputas, o que acaba enfraquecendo o executivo e o legislativo e fortalecendo o judiciário!

O quadro atual é extremamente complexo e preocupante: nova realidade institucional, problemas financeiros, pressões sociais. E ainda se questiona a validade das eleições.

O novo governo, incluindo executivo, legislativo e judiciário, tem como principal objetivo restabelecer a paz na sociedade e possibilitar que o Brasil se recupere da turbulência atual, reorganizando o orçamento, com equilíbrio das contas públicas, que reflitam na melhor qualidade de vida da população. Temos que aprimorar nossa educação, saúde, segurança, meio ambiente, agro, etc. A inflação alta é o maior problema para os mais pobres.

O Brasil é visto como uma grande potência agrícola e ambiental pelo mundo. É fundamental que sejam apresentadas propostas claras para darmos sequência à revolução tropical, iniciada na década de 70 e que foi sendo construída com a participação de profissionais competentes e comprometidos. Temos que cuidar da Amazônia e dos outros biomas. Temos que produzir alimentos, fibras e bioenergia para a população brasileira e para o mundo. Grandes desafios que precisam de foco, vontade política e ações de agentes públicos e privados que pensem no Brasil.

Embora tenhamos instituições e estruturas consolidadas no agro, há necessidade de aprimoramento quanto à segurança fundiária, controle de ilegalidades, como desmatamento e incêndios, investimento na infraestrutura e logística, mais atenção ao crédito e seguro, entre outras ações que envolvem o novo governo. Muito trabalho pela frente!


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