A segunda-feira (9) começou com uma marca histórica para o serviço público de Itajaí. Mais de mil servidores aderiram ao movimento de greve em frente à Prefeitura Municipal na luta pela reposição salarial da categoria. Com a grande presença na greve, os servidores deixaram claro ao Poder Executivo que estão firmes na luta pelo seu direito, já reconhecido pela justiça.
Os representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Foz do Rio Itajaí (Sindifoz) e a comissão de negociação formada por servidores estiveram em reunião com representantes do Poder Executivo e do Legislativo municipal. No encontro, o município reiterou que irá recorrer da decisão da Vara da Fazenda de Itajaí, que determinou a concessão do reajuste.
Vários servidores fizeram uso da palavra, enaltecendo a necessidade de seguir na luta por um direito que é de todos e destacando a importância de que mais servidores se unam ao movimento. O departamento jurídico do Sindifoz também esclareceu aos grevistas que a justificativa do município de não conceder o reajuste por conta da Lei Complementar 173 não se encaixa no momento, tendo em vista que há uma decisão liminar da justiça afastando a revisão geral anual das vedações da LC 173.
Para Francisco Johannsen, presidente do Sindifoz, “o que falta é vontade política ao governo de Itajaí. Outras cidades do estado, inclusive Balneário Camboriú e Navegantes, entraram na justiça para manter o reajuste dos seus servidores e conseguiram. Itajaí, que tem uma economia forte, está indo à justiça para não conceder. O servidor público está na linha de frente da pandemia há mais de um ano e essa é a valorização que está recebendo”.
Diante da negativa do município em conceder a revisão geral anual dos servidores, o movimento de greve segue fortalecido e vai para o segundo dia nesta terça-feira, novamente em frente à Prefeitura de Itajaí. O índice IPCA da revisão geral anual dos servidores de Itajaí é de 9,32%, no período de maio de 2019 a abril de 2021.