Taxa de distanciamento chegou a 52%. Apesar de bons resultados aos domingos, média mensal é de 37,6%
Segundo levantamento realizado pela empresa In Loco, que monitora a movimentação de smartphones, Santa Catarina registrou um índice de isolamento social de 52% neste domingo (23), o melhor resultado do país. Na sequência aparecem Acre (51,6%), Espírito Santo (50,9%) e Rio Grande do Sul (50,1%).
O percentual também foi o mais alto registrado no Estado desde o dia 26 de julho, quando o índice chegou a 54,2%. Essa não foi a primeira vez que os catarinenses lideraram o país em isolamento social em agosto. No último dia 2, também em um domingo, Santa Catarina registrou 50,2%.
Os bons resultados aos domingos contrastam com desempenhos ruins durante dias úteis. Entre segunda e sexta-feira da última semana, por exemplo, o índice não chegou a 40%. Em agosto, a média de isolamento no Estado é de 37,6%. Segundo especialistas, este índice precisaria estar em torno de 70%.
A necessidade de aumentar o isolamento social foi um dos temas das audiências públicas realizadas pela Assembleia Legislativa de SC (Alesc) na última semana. Durante as discussões, o infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), Eduardo Campos de Oliveira, destacou a importância do isolamento e dos cuidados com a higiene.
“A higienização das mãos com água e sabão, o uso frequente do álcool em gel, o distanciamento social, evitando as aglomerações, e você mantendo-se em casa, saindo somente quando estritamente necessário, usando máscaras, podem fazer com que o cenário se reduza”, destacou.
O presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de SC (Cosems/SC) e secretário de Saúde de Cunha Porã, Alexandre Fagundes, defendeu a importância de “uma campanha robusta” para que a população entenda a necessidade de adotar os métodos preventivos básicos, mas destacou que o poder público precisa agir caso a doença continue avançando.
“A implantação de novas medidas de restrição é um assunto complexo, que mexe com várias coisas, desde a economia até a parte sociável do ser humano. Entretanto, caso o isolamento não aumente, precisaremos adotar novas restrições. Não podemos deixar isso apenas nas mãos da sociedade”, destacou