Segundo o IBGE, as mulheres formam a maioria da população brasileira, com 51,5% da população total, entretanto, estes números estão longe de refletir a realidade na política. Segundo o TSE, após as últimas eleições em 2016, as Câmaras municipais de todo o Brasil passaram a contar com quase 57 mil vereadores contra cerca de 8 mil vereadoras, o que representa apenas 12% de mulheres nas casas legislativas das cidades.
Um exemplo desta grande desigualdade é em Navegantes, onde atualmente a Câmara Municipal de Vereadores, atua com 10 legisladores, sendo todos homens. Além disso o município em seus 58 anos de emancipação politico-administrativa nunca elegeu no executivo uma representante do sexo feminino.
O número baixíssimo de vereadoras no país destaca não só a desigualdade muito preocupante existente no Brasil, como também mostra que são os homens que tomam decisões e criam leis que são de interesse das mulheres, muitas vezes, sem levar em consideração as vontades das mesmas.
A professora e líder sindical Regina Costa da Silva, a qual também luta por mais espaço das mulheres na política, acredita que a luta por igualdade de gênero beneficia toda a sociedade.
“Não ter nenhuma mulher na Câmara dos Vereadores não significa que não somos capazes de ocupar este espaço, mas sim do sistema democrático e dos partidos, os quais não dão espaços e condições para que possamos sermos agentes políticos. Estudos comprovam que quanto maior a presença nos parlamentos e no governo, menor é a incidência de corrupção nessas instâncias”, finaliza.