Assistência Social e Conselho da Mulher levaram a palestra aos alunos da EEB Julia Miranda de Souza.
Uma parceria entre Secretaria de Assistência Social e o Conselho Municipal da Mulher, realizou em uma importante palestra sobre prevenção de gravidez na adolescência. A palestra foi realizada para alunos da EEB. Prof. Júlia Miranda de Souza, em Navegantes, na terça-feira (12).
Participaram da palestra, 58 estudantes do Ensino Médio, além dos representantes do Conselho Municipal da Mulher, Conselheiros Tutelares e a direção da escola.
O tema foi abordado pela médica ginecologista e especialista em sexualidade humana, Dra. Sandra Aparecida de Souza Kasai. A médica passou orientações de como evitar a gravidez, métodos anticoncepcionais existentes e que estão disponíveis na Rede Pública de Saúde, bem como a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
Os riscos que envolvem uma gestação e a importância da realização do pré-natal, para a garantia da saúde da mãe e do bebê, também foram abordados durante o evento.
Um a cada sete bebês brasileiros é filho de mãe adolescente
Especialistas apontam que a temática da gravidez na adolescência precisa ser discutida, para que os números possam ser cada vez mais reduzidos, com base em estratégias que levem a informação a esse público
Com base nos números do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, a frequência da gravidez na adolescência no Brasil vem diminuindo, no geral, desde 2021. Mas o total ainda preocupa. Um a cada sete bebês brasileiros é filho de mãe adolescente. Por dia, 1.043 adolescentes se tornam mãe no Brasil. E, por hora, são 44 bebês que nascem de mães adolescentes, sendo que dessas 44, duas tem idade entre 10 e 14 anos. A gravidez abaixo dos 14 anos é o que mais assusta.
Além da evasão escolar e impacto social, a gravidez na adolescência traz riscos à saúde da mãe e do bebê, como prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclampsia, depressão pós-parto, entre outros. A recorrência de gravidez no primeiro ano pós-parto também preocupa, pois pode levar à dependência em casos de estar se relacionando com uma pessoa mais velha, violência doméstica, postergamento da independência da vida financeira.