Animais de grande porte maltratados dependem de voluntários para socorrê-los, quando possível. Nem abrigo existe para eles serem levados.
Na última semana, o município de Penha foi foco negativo na causa animal, devido ao aumento expressivo no número de envenenamentos de cães e gatos, em vários bairros da cidade. Mas não é apenas nesse aspecto que o município anda para trás. Ao contrário de cidades vizinhas, como Navegantes, que possui um Código de Defesa e Bem-Estar Animal, com artigo específico para a proibição da tração animal em área urbana da cidade, Penha continua permitindo que muitos dos animais de grande porte sejam maltratados.
De acordo com a protetora do projeto Adote Penha, Emanuelly Rodrigues, eles têm recebido muitos vídeos e fotos que denunciam a situação, mas não há apoio nenhum do órgão ambiental na defesa desses animais magros e debilitados que puxam carroças.
Em uma das denúncias mais recentes, onde cavalos estavam amarrados por dois ou três dias embaixo do sol, sem comida e água, a protetora foi pedir auxílio no Instituto Municipal do Meio Ambiente de Penha (IMAP), juntamente com o gabinete do deputado Egídio Ferrari, porém prometeram e nada foi feito.
“Ficou acordado que o IMAP entraria em contato com a CIDASC para auxilio em relação ao exame de mormo (exame para detectar doença infecto-contagiosa em eqüídeos, obrigatório para o trânsito animal) e para onde esses animais seriam levados. A gente não teve auxilio da prefeitura para esses casos, um dos responsáveis pela IMAP ainda disse que não era lá”.
Outro fato denunciado pela protetora é que não existe uma casa de passagem para levar os animais de grande porte em situação de maus-tratos – diferente de cidades vizinhas, que possuem abrigo e até lei para adoção responsável desses animais. Os protetores de Penha chegaram a conseguir um lar temporário, com veterinário, em uma das situações de crime ambiental, mas mesmo assim o IMAP não teria agido na defesa desses animais.
