O Jornal nos Bairros traz matéria de capa sobre o a embarcação a vapor construída no século XX que foi restaurada por profissionais de um estaleiro localizado em Navegantes. A notícia de um trabalho dessa complexidade – envolvendo uma embarcação que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas – é motivo de orgulho para os navegantinos, que têm na construção naval a base histórica e cultural da sua economia.
Em 1820, o sesmeiro Antônio de Menezes Vasconcelos Drummond recebe documento da Secretaria d’Estado dos Negócios do Reino, na Corte do Rio de Janeiro, que lhe dá posse de terras junto ao rio “Tajaí-Mirim” a fim de nelas instalar em local hoje pertencente ao município de Navegantes o primeiro engenho de serra de madeira da região e um estaleiro, onde foi construída a primeira sumaca, uma embarcação ligeira que transportava pelo rio Itajaí produtos da terra para o Rio de Janeiro.
Embora os “anos de ouro” na construção naval tenham sido até os anos 2000, quando a pesca também experimentada tempos de fartura, segundo relatou o Sr. José Olavo Coelho, um dos principais construtores navais da cidade, a indústria naval continua sendo destaque em Navegantes.
O minucioso e complexo trabalho, realizado por um estaleiro navegantino, de restauração do centenário “Benjamin Magalhães”, que envolveu tanto a recuperação de elementos antigos e tradicionais do barco, como a recuperação do seu sistema de motor e sistema de máquinas para permitir que ele voltasse a navegar, mostra o potencial da nossa indústria naval.
Além do estaleiro ICN, que restaurou o vapor centenário, recentemente o presidente da Petrobras, Magda Chambriard, comunicou, que o estaleiro Bram/Navship, de Navegantes, vai construir parte dos novos navios de apoio às operações petrolíferas contratados pela Petrobras até 2026.
Podem se orgulhar. É Navegantes em destaque no cenário nacional.