Bandidos disfarçaram-se de policiais federais para realizar o maior assalto registrado no Rio Grande do Sul
Moradores do Centro de Navegantes acordaram assustados, na manhã dessa quarta-feira (28), com barulho de bombas. A Polícia Federal esteve no local e prendeu um homem investigado na segunda fase da Operação Elísios, sobre o assalto a um avião no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, em 2024. O acusado não executou o assalto, mas teria colaborado com a logística do crime.
Mais de 200 policiais cumpriram 17 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 26 de busca e apreensão, além da determinação de bloqueio de ativos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
De acordo com o delegado da Polícia Federal, Márcio Teixeira, um funcionário da própria empresa foi responsável em repassar as informações ao criminoso que comandava o bando, ficando sabendo das datas que a aeronave pousaria em Caxias.
O informante da quadrilha foi preso em Curitiba (PR) nessa quarta, assim como criminosos que ofereceram apoio logístico ao bando (confecção de adesivos falsos com a logo da PF e fornecimento de casas para planejamento do crime e esconderijo após o assalto). Na primeira fase, foram presos os executores do assalto.
Sobre o assalto
No ataque, ocorrido em 2024, nove integrantes de uma organização criminosa, utilizando veículos falsamente caracterizados como viaturas da Polícia Federal, acessaram a área restrita do aeródromo. Eles chegam até a pista de pousos e decolagens e, em seguida, abordaram com disparos de grosso calibre um avião-pagador em solo.

Em poucos minutos, os bandidos levaram cerca de R$ 14 milhões. Segundo as investigações, parte do grupo tem ligações com o PCC e já havia participado de pelo menos 23 ataques a empresas de transporte de valores.
O avião transportava R$ 30 milhões da Caixa Econômica Federal. Os bandidos estavam armados com fuzis e metralhadoras ponto 50 e trocam tiros com os vigilantes da empresa transportadora de valores.