Lucas de Barros morreu em 2021, no mesmo trecho da BR 470 em Navegantes
Lucas e Luiz têm em comum uma trágica história. Ambos foram vítimas fatais de uma “brincadeira” mortal no mesmo trecho da BR 470, no bairro São Paulo, em Navegantes, com uma diferença de menos de quatro anos.
Assim como o jovem Luiz Eduardo Scloneski, de 21 anos, que morreu no último sábado (1º), após ter o pescoço cortado por uma linha de cerol, no dia 13 de março de 2021, Lucas de Barros, de 23 anos, também veio a óbito ao cortar o seu pescoço com uma linha de cerol que estava esticada nas proximidades da Rovitex, enquanto passava com sua motocicleta.
Moradores de Navegantes mostraram-se indignados nas redes sociais, diante da incidência do ocorrido.
A insistente prática ilegal em soltar pipa com linha de cerol está tirando vidas e mostrando, além de uma atitude criminosa, total falta de empatia da parte de quem utiliza linha de cerol, seja adulto ou criança – pois os pais deveriam orientar que o cerol mata.
“Homicídio culposo quando não há intenção de matar. Como assim? Um cidadão que usa cerol na linha de pipa tem plena ciência de que isso pode ferir, machucar e tirar a vida de alguém. Significa que a pessoa tem plena ciência que cerol mata. Quem usa cerol sabe disso plenamente”, escreveu uma leitora.
“Quantos ainda vão se machucar gravemente até algo ser feito para não acontecer mais?”, escreveu outro leitor.
Lei Municipal proíbe a prática
Em 2021, diante da comoção do caso Lucas, vereadores solicitaram, durante a realização da última sessão ordinária, uma maior fiscalização dos órgãos de segurança, no cumprimento da Lei Municipal 3.478/2020, que altera os artigos 2, 4, 5 e 7 da Lei nº 2757/ 2013, sobre a proibição do uso de cerol ou qualquer material cortante em linhas ou fios usados para empinar pipas no município de Navegantes.
A presidente da Casa, na época, vereadora Adriana Macarini (PP), propões, ainda, que dentro da sala de aula fosse abordado pelos professores o assunto com os alunos, para evitar que mais pessoas se machucassem devido ao uso de cerol em linhas de pipas empinadas por crianças e jovens no município.
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