Competição em mar aberto na praia de Cabeçudas é organizada pela CBDA e tem apoio da FMEL e da Secretaria Municipal de Turismo
O sol forte do domingo (23) estava propício para as competições de natação em águas abertas, que tiveram como cenário um dos cartões postais de Itajaí, a praia de Cabeçudas. As 11 provas começaram na sexta-feira. Ao todo, 28 clubes federados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) trouxeram nadadores para o evento, que representa uma etapa importante do calendário nacional, com atletas buscando índices para os campeonatos mundiais.
Promovida pela CBDA, a competição teve o apoio da Fundação Municipal de Esporte e Lazer (FMEL) e da Secretaria Municipal de Turismo, que forneceram a estrutura para a realização das provas. O município, que é um dos destaques da natação, participou com 38 atletas. A competição nacional coloca Itajaí como um dos polos brasileiros da modalidade.
A primeira competição foi a prova de 10 quilômetros, – prova olímpica – que ocorreu no primeiro dia e formou a seleção brasileira absoluta, e o grupo que vai para os Jogos Pan-Americanos. No sábado, foi a vez dos atletas disputarem as provas dos três quilômetros, que, pela primeira vez, ocorreram no Brasil, formando a seleção brasileira de base com nadadores de idades entre 12 e 13 anos.
“No início deste ano, a Federação Internacional homologou essa faixa etária como idade para competições internacionais. Itajaí está sendo a sede da base da primeira seleção nessa categoria. Essas crianças vão representar o Brasil no Pan-Americano de Águas Abertas, que ocorre no Equador”, ressalta o coordenador-técnico da CBDA, Leandro Peixoto.
No encerramento da competição neste domingo, os atletas mostraram toda a técnica na prova dos cinco quilômetros, que classifica a faixa etária de 15 a 16 anos para a Copa Pacífico, competições importantes para o Brasil, visando os mundiais de águas abertas.
O atleta de Itajaí, Lucas Davesac, nada desde os 7 anos. Hoje, com 19, já coleciona títulos em campeonatos internacionais. Foi vice-campeão da Copa Pacífico no Equador em 2023 e 2024, e no mês passado participou da Copa do Mundo da categoria no Egito.
A cidade se destaca na formação dos atletas da modalidade e se torna um importante palco para competições como a deste fim de semana.
“Para Itajaí, para o esporte, para o turismo, com hotéis lotados, mais de 500 atletas competindo. Isso está sendo um espetáculo, pelo número de atletas e pelo nível dos competidores, que aqui buscam índices para competições internacionais”, destaca o diretor-executivo da FMEL, Daniel dos Passos.
A grandiosidade do evento cria oportunidade para outras competições voltadas ao turismo do mundo das águas.
“Isso movimenta a economia gerada pelo turismo. Conversamos muito com outras cidades do Brasil e do mundo onde essas competições acontecem para a promoção do nosso destino. É muito importante ter essas etapas na cidade. Precisamos captar mais eventos dessa magnitude para Itajaí. Temos uma vocação muito forte para o mundo das águas, que é a nossa nomenclatura, e precisamos explorar bem mais essa vocação”, avalia o secretário municipal de Turismo, Ronaldo Jason.
O nadador Marcos Andrade trocou as águas do Lago Paranoá, em Brasília, pelo mar de Cabeçudas.
“Eu vim ano passado, gostei. Gosto da estrutura montada aqui em Itajaí. O mar é bom para nadar. Os atletas são competitivos, e eu estou adquirindo experiência para outras provas”, finaliza.
