Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina – Seccional Navegantes – Acadêmica: Jornalista Louise Benassi, cadeira n. 13
Nesse ano, o chamado “Casarão da Paulina Gaya”, localizado em frente ao Santuário, completa 120 anos de sua construção. Imponente moradia construída pelo imigrante português Manoel dos Santos Gaya, com traços da arquitetura da época, hoje a casa já começa a apresentar problemas em sua estrutura.
Tombada em 2011, como Patrimônio Histórico de Navegantes (Lei 2532/ 2011), a residência, de propriedade de particular, só pode ser vendida desde que sejam respeitadas as diretrizes de preservação. A principal delas é que o imóvel deve manter as suas características originais. De forma alguma, o imóvel tombado pode ser demolido, mutilado ou descaracterizado. Além disso, a reforma só pode ser feita após autorização da Administração Pública.
Ou seja, quem herdar uma residência tombada, como é o caso do Casarão da Paulina Gaya, dificilmente irá conseguir vender o imóvel. Os custos de restauração são altíssimos e os próprios donos atuais não têm como arcar com os investimentos necessários para a preservação.
Assim, é dever do município preservar pela integridade do patrimônio público. Não adianta só tombar e esperar que o tempo, aos poucos, vá destruindo o que resta da história. Para que não ocorra o mesmo da antiga casa na Rua Aníbal Gaya, onde funcionou a Secretaria da Educação.
A Fundação Cultural de Navegantes já trabalha com o projeto de Arquivo Público Municipal, com documentação histórica – revistas, jornais, fotos e afins, em uma pequena sala dentro do Centro Integrado de Cultura Pref. Manoel Evaldo Muller (CIC). Para o bem do antigo casarão, o município poderia comprar o imóvel e, ali, fazer o seu Arquivo Público Municipal. Não existe lugar melhor para isso, a residência construída por um dos primeiros colonizadores de Navegantes, para ser moradia de sua filha, importante professora que até hoje é lembrada.
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