Oficialmente, Porto de Itajaí será gerido pela Autoridade Portuária de Santos
Agora é oficial. O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou, na tarde de terça-feira (17), que retomará a gestão do Porto de Itajaí. Com a decisão, o Porto de Itajaí será gerido pela Autoridade Portuária de Santos.
O Porto de Itajaí era o último do Brasil com gestão municipal. Um Convênio de Descentralização Administrava com o Governo Federal garantia a Autoridade Portuária ao Município.
Segundo nota divulgada pelo Ministério, a federalização visa “fomentar o desenvolvimento econômico do estado de Santa Catarina, impulsionar a geração de emprego e renda e garantir a continuidade das operações portuárias”.
Segundo o Governo Federal, a ideia inicial era privatizar o terminal, no entanto, um amplo debate interno precedeu a decisão por federalizar o Porto de Itajaí, que agora será gerido pela Autoridade Portuária de Santos.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o trabalho conjunto entre os dois portos fortalece a competitividade logística, facilita a otimização de rotas e operações e melhora a eficiência no atendimento ao mercado internacional, impulsionando o desenvolvimento econômico de ambas as regiões”.
Decisão não agradou
A manutenção da Autoridade Portuária Pública e Municipal tem sido, desde 2017, motivo de inúmeros pedidos do Município de Itajaí ao Governo Federal. Foram enviados mais de 30 ofícios solicitando que o convênio de delegação do Porto ao Município fosse renovado por mais 25 anos – o primeiro deles remetido em janeiro de 2017. Neste período de oito anos, a Administração também participou de diversas reuniões com o Ministério dos Portos e Aeroportos e recebeu apoio de parlamentares em defesa da gestão municipalizada, uma luta conquistada pela cidade em 1995.
Entretanto, a decisão do Governo Federal não agradou autoridades em Itajaí.
“Fizemos reivindicações, mostramos o trabalho realizado nesses 25 anos, participamos de diversas reuniões no Ministério dos Portos, recebemos apoios de vários parlamentares que tentaram interceder, mas infelizmente essa questão foi muito politizada, desde o início.”, lamentou o superintendente do Porto, Fabio da Veiga.
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