Turbidez na água está reduzindo gradualmente, mas o alto consumo de água ainda dificulta o restabelecimento total da pressão
Devido ao problema com a falta de água em Itajaí e Navegantes por conta das intensas chuvas, a Secretaria de Saneamento Básico de Navegantes (Sesan) instalou, nessa semana, três caixas d’água de 20 mil litros no bairro Meia Praia. Os pontos de abastecimento para atender a população ficam no fim das ruas: Milton Seara Muller, Antônio Vicente dos Passos e José Lino Rocha.
De acordo com a Sesan, os locais escolhidos são os mais atingidos com a falta de água no bairro. As caixas d’água permanecem até o fim do verão, mesmo com a normalização do abastecimento.
A Secretaria reforça que há obras que estão em andamento para a solução definitiva da falta de água na região, como a entrada em operação do Reservatório Gravatá, a Estação de Recalque de Água Tratada (ERAT) da Radial e outras ações. E ainda, que novos pontos de abastecimento podem ser instalados conforme a necessidade.
Abastecimento de água em Itajaí se recupera de eventos climáticos
Desde a tarde de quarta-feira (22), com a redução gradual da turbidez no canal retificado do Rio Itajaí-Mirim, o sistema de tratamento e distribuição de água apresenta melhora. Mas o alto consumo de água pela população de Itajaí e Navegantes ainda dificulta o restabelecimento total da pressão na rede e o abastecimento de regiões mais altas ou distantes das estações, como Cabeçudas e Praia Brava.
A principal Estação de Tratamento de Água (ETA) de Itajaí, localizada no bairro São Roque, está produzindo cerca de 1.100 litros de água potável por segundo, o que permitiu que os maiores reservatórios estejam em cerca de 50% da capacidade. Em Arapongas, o nível é próximo dos 30%.
Com a grande variação de pressão que afetou toda a rede de distribuição, pode ocorrer turbidez, por causa do arraste de materiais no interior da tubulação. Imóveis sem caixas d’água ou cisternas são os mais afetados, já que não permitem decantação. O Semasa possui uma programação de descargas de rede para minimizar os efeitos, mas pede que os moradores observem a aparência da água antes de iniciar atividades como lavações de roupas.
“As condições do tempo apontam para mais desafios à frente. Temos que unir esforços, nossa equipe técnica com atuação intensiva e a população com economia de água”, comenta o engenheiro Ervino Ribeiro Macedo, diretor de Saneamento do Semasa.