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HOMEM QUE MATOU ESTUDANTE É CONDENADO A 19 ANOS DE PRISÃO

Lucas Medeiros assassinou Fabrício Scolari por ter confundido a vítima com um integrante de uma organização criminosa rival

Depois de reunido pela terceira vez para julgar o caso da morte de Fabrício Hartmann Scolari, o Tribunal do Júri de Itajaí reconheceu todas as teses do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e condenou o réu Lucas Alberto Leal Medeiros a 19 anos e oito meses de reclusão. O crime ocorreu na madrugada de 7 de março de 2020, quando a vítima foi seguida até a faixa de areia, na Praia Brava, em Itajaí, confundida pelo acusado com um integrante de uma organização criminosa.

O Conselho de Sentença condenou Lucas por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele foi considerado culpado, também, pelos crimes de corrupção de menores de 18 anos e participação em organização criminosa. 

O réu vai cumprir a sentença em regime inicial fechado e foi mantida a prisão provisória, já que o Juízo entendeu que a segregação cautelar é necessária para salvaguardar a ordem pública. A Promotora de Justiça Letícia Vinotti da Silva representou o MPSC no Tribunal do Júri.

A família de Fabrício Hartmann Scolari viajou 800 quilômetros da cidade de Não-Me-Toque, no Norte do Rio Grande do Sul, para assistir ao Júri que condenou Lucas Alberto Leal Medeiros. Estavam presentes no salão do Júri a mãe, a irmã e duas tias da vítima.

Familiares da vítima vieram do Rio Grande do Sul para o julgamento.

“Era o que nós esperávamos, que a justiça fosse feita, porque, da outra vez, ele já tinha recebido essa pena e, agora, novamente. A Promotora de Justiça trabalhou muito bem, simplesmente mostrou o que aconteceu. Que ele pague pelo que ele fez. Viajamos até aqui, mas a gente faz tudo, porque a vida do nosso filho não tem preço que pague. Se tivesse que vir novamente, viríamos, mas espero que, graças a Deus, tenha terminado”, afirma Janete Hartmann, mãe da vítima.

Como ocorreu o crime 

De acordo com a denúncia oferecida pelo MPSC, era madrugada do dia 7 de março de 2020 quando a vítima, Fabrício Hartmann Scolari, estacionou o carro na avenida da Praia, na Praia Brava, em Itajaí. Ele estava acompanhado de um amigo. Os dois desceram do automóvel para conversar com outras pessoas que estavam no local. 

Por volta de seis e meia da manhã, o réu e um adolescente se aproximaram do grupo para pedir cigarro. Em seguida, Fabrício se dirigiu até a faixa de areia da praia e foi seguido pela dupla. Os dois, acreditando que a vítima era integrante de uma organização criminosa rival, resolveram matá-lo. 

Eles passaram a dar chutes e socos em Fabrício e o arrastaram para o próprio carro, colocando-o no banco de trás. Em seguida, deixaram o local com o carro em direção ao bairro Espinheiros, próximo à rodovia Jorge Lacerda, que liga Itajaí a Ilhota.

Na localidade, os agressores tiraram a vítima do carro, deram-lhe mais chutes e socos e, em seguida, com uma garrafa de vidro, começaram a ferir a vítima, causando-lhe lesões que a levaram à morte. Depois de abandonar o corpo no local, Lucas e o adolescente partiram, abandonando o carro de Fabrício no bairro Tabuleiro, em Camboriú.

Fabrício se mudou para a região para estudar na universidade com a intenção de conseguir uma bolsa do Prouni. Ele cursava Ciências Contábeis na Univali e trabalhava em uma agência bancária no parque Beto Carrero World. 


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