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VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMESTICA TÊM ENTRE  25 E 34 ANOS EM NAVEGANTES

 Depoimento de mulher que sofreu violência doméstica e deu a volta por cima foi um dos destaques do fórum em Navegantes.

Encerrando as atividades alusivas ao Agosto Lilás, campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres, a Procuradoria Especial da Mulher do município de Navegantes realizou, na noite de terça-feira (30), na Câmara Municipal, o Fórum de Discussão sobre a Violência Doméstica.

O debate – comandado pelos procuradores da Mulher, vereadora Sol Dapper e vereador Toninho Uller – contou com a contribuição  da delegada-geral adjunta da Polícia Civil de SC, Ester Fernanda Coelho, da coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso, delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila e representantes da Promotoria de Justiça, Polícia Militar, Comissão de Combate à Violência da OAB de Navegantes e Secretaria de Assistência Social.   

Evento foi realizado na Câmara Municipal.

Em sua fala, a delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila relatou que, conforme registro integrado da Polícia Civil e Polícia Militar, em Navegantes foram  registradas  2300 ocorrências de violência doméstica contra mulheres, e 3385 vitimas, sendo que 751 viraram inquéritos, no período de 2004 a 2022. Ela ressaltou, ainda, que a maioria das vítimas em Navegantes tem entre 25 e 34 anos, num total de 29% das vítimas.

A advogada de Navegantes,  Elisabete Margot Vieira, que estava participando do evento, também pediu fala para compartilhar sua experiência como ex-vítima de violência doméstica, que conseguiu dar a volta por cima. Segundo ela, sua mãe sofria violência causada pelo seu pai, chegou ao extremo, tentando tirar a vida do marido para acabar com a violência sofrida, pois naquela época não havia uma rede de proteção às mulheres. Tornou-se advogada para ajudar outras mulheres. A história se repetiu com a filha. Margot também era vítima de violência e, por várias vezes, precisou se abrigar na casa de um conhecido para que o marido não a violentasse. Também foi estudar e tornou-se advogada, conseguindo sair da situação de violência em que se encontrava.  

Conforme a presidente da Procuradoria da Mulher, vereadora Sol Dapper, o evento foi muito produtivo e contribuiu para proporcionar aos profissionais envolvidos na proteção das mulheres um espaço para reflexão e debate, possibilitando o intercâmbio de experiências. “Com o compartilhamento de boas práticas, troca de informações, análise de dados da violência contra a mulher em Santa Catarina e em Navegantes, queremos qualificar os atendimentos, ampliar a divulgação dos canais de denúncias e fortalecer a rede de proteção às vítimas”, destacou.


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