Na terça-feira (23), no auditório da Câmara Municipal, reuniram-se os principias defensores e entidades envolvidas na proteção animal, para discutir sobre o sério problema de abandono de animais em Navegantes.
E não é preciso ser da causa animal para preocupar-se com tal problema, afinal, cachorros na rua é questão de saúde pública. Animais abandonados podem trazer doenças, muitas são, inclusive, transmitidas ao homem.
E engana-se quem acha que tudo é culpa do poder público. A responsabilidade é de quem abandona. A prefeitura, diferente do que muitos pensam, não tem a obrigação de sair à rua resgatando animal abandonado. O Departamento Municipal de Assistência e Bem-Estar Animal – DABA presta o serviço de castração e cuidados de animais apenas em condição de urgência e emergência. Já o Instituto Ambiental de Navegantes – IAN atua no recebimento de denúncias de maus-tratos, para serem judicializadas – denúncias essas que devem ser devidamente registradas pela população, por meio oficial, já que reclamações em redes sociais não ajudam animal nenhum.
É claro que ainda temos que avançar, criar políticas públicas, definir o papel de cada entidade na defesa e proteção. No entanto, está na hora da população assumir as suas responsabilidades, tanto os que cometem o crime do abandono, quanto os que se revoltam em redes sociais, mas não capazes de formalizar uma denúncia, para que a situação realmente seja resolvida.
Em países desenvolvidos, os cidadãos são intensamente participativos na sua comunidade. No Japão, por exemplo, os cidadãos “adotam” praças públicas para cuidar. Nos Estados Unidos, os pais fazem parte da comunidade escolar, elaborando eventos, preparando pratos, para arrecadarem fundos para a escola. Que bom seria se no Brasil fosse assim. Temos e devemos cobrar dos nossos representantes, mas temos que assumir nosso papel como cidadão.