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APÓS MANDAR DINHEIRO PARA BLU, SENADOR VEM RECEBER APLAUSOS EM NAVEGANTES

Jorginho Mello em Navegantes

Opinião JB/

Na sessão da Câmara de Vereadores de Navegantes realizada na segunda-feira (25), o senador Jorginho Mello (PL) veio a Navegantes receber uma moção de congratulações por sua atuação na CPI da Pandemia.

Após receber a moção, Jorginho utilizou a tribuna para falar sobre seus feitos e suas ações junto ao estado e declarou: “Quero cumprimentá-los e agradecer pela homenagem, pelo reconhecimento, pela oportunidade (…) contem comigo, como senador da República, para o que for necessário. Meu gabinete estará sempre aberto aos navegantinos”, disse.

No entanto, esse foi um ato extremamente político, visando a eleição do próximo ano. Pois, há de se lembrar que antes do governador Carlos Moisés (PSL) acordar que iria investir dinheiro de Santa Catarina em todos os trechos da BR 470, o senador Jorginho Mello declarou que queria que os recursos fossem para o trecho de Blumenau.

Jorginho cumpria agenda em Itajaí no final de julho, quando defendeu que os R$ 200 milhões fossem aplicados nos lotes 3 e 4 da 470 – o trecho de Blumenau e não o trecho de Navegantes.

“Ele [governador] tem que aplicar nos lotes 3 e 4, pra ajudar Blumenau, Indaial, Rio do Sul. Lá é que morre gente. O trecho de Navegantes, lotes 1 e 2, até Luiz Alves, até o final do ano está pronto com esses R$ 116 milhões”, declarou na época.

Vale destacar a informação de que Blumenau tem cerca de 250 mil eleitores, enquanto Navegantes apenas 49 mil eleitores.

Entidades e representantes da sociedade civil de todo o estado uniram-se em defesa do investimento nos lotes 1 e 2, já que fazia mais sentido finalizar um trecho e não deixar todos pela metade.  

Então em audiência no Senado Federal, no dia 17 de agosto, o governador Carlos Moisés assegurou o uso de R$ 200 milhões nos lotes 1 e 2 da duplicação da BR-470 e se comprometeu a enviar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa (Alesc), para investir outros R$ 100 milhões nos lotes 3 e 4.

Com a proposta, os governos federal e estadual chegaram a um entendimento sobre o tema após mais de dois meses de impasse, mas não por mãos de políticos que só vêm a Navegantes para receber aplausos.


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