Em tempos de “politicamente correto”, as marchinhas de Carnaval também estão sofrendo influências. Em Navegantes, por exemplo, a partir das 19 horas, acontece o desfile dos blocos e charangas, com abertura do Bloco CMBA (Coletivo de Mulheres do Brasil em Ação), um coletivo regional e estadual de cunho feminista, criado inicialmente só por mulheres e que hoje reúne 42 integrantes na bateria, comissão de frente, porta bandeira e porta estandarte, ala infantil, além da participação masculina nos instrumentos e voz, trazendo alegria e conscientização, com temas como “Não é não” e “Assédio não é paquera”.
Também contará com a presença do Bloco Renovo, trazendo música e diversão com o tema “Se a coisa tá preta, a coisa tá boa!”. O Bloco faz parte da Associação afro cultural Renovo, do município de Penha. O intuído da entidade é a promoção da cultura negra, combate ao racismo e todos os tipos de preconceitos.
Diante das “news marchinhas”, as “Maria Sapatão”, a “cabeleira do Zezé”, a “Nega do cabelo duro” viraram “politicamente incorretas”? Também não podemos ser extremistas. Brincadeira é brincadeira. Marchinha nunca ofendeu ninguém. O importante é todo mundo se respeitar no carnaval.