Pais de alunos matriculados na Escola de Educação Básica Professora Paulina Gaya, no bairro São Domingos, em Navegantes, relataram ao Jornal nos Bairros que a escola está sem professor de língua portuguesa há seis meses. Um pai informou que os boletins escolares estão vindo com nota zerada na disciplina.
Em contato com a regional da Secretaria do Estado de Educação, a coordenadora regional da Educação, Cleonice Monteiro Berejuk, explicou que no início do ano letivo houve dificuldade na contratação de professor. Em abril, a contratação foi realizada. O professor que assumiu as aulas compareceu nas primeiras semanas, depois começou a faltar, alegando para a direção escolar estar doente e que, no seu retorno, faria a reposição dos conteúdos e das horas/aula.
Segundo a coordenadora, decorrido o período legal da apresentação do atestado/licença para tratamento de saúde, a direção entrou novamente em contato com o professor, que se comprometeu em apresentar a documentação necessária para liberar a vaga para nova contratação. “Infelizmente, o professor não cumpriu com sua obrigação. Diante disso, a escola procedeu com a dispensa do professor por abandono de emprego”, afirmou.
Para a escola não continuar sem professor nessa disciplina, a coordenação está novamente colocando a vaga para escolha. “Chegou o recesso escolar e, novamente, esta vaga veio para escolha. Estamos oportunizando chamadas para escolhas de aulas em dois dias da semana e as vagas retornam até que sejam escolhidas. Nessa semana, até o momento da confirmação de escolhas da última quarta-feira (11), não tínhamos nenhum interessado nessa vaga. Na quinta-feira (12), mais uma vez a vaga foi para escolha e estamos aguardando a classificação dos candidatos, que ocorre nessa sexta-feira (13).
A direção escolar enfatizou, ainda, que tem procurado atender, da melhor forma possível, esta situação e irá fazer a reposição dos conteúdos aos alunos e horas/aula. Informou, ainda, que o professor que abandonou o emprego já está com seu CPF bloqueado no sistema estadual de contratação, sendo que nos próximos três anos não poderá assumir nenhuma vaga na rede estadual.