Neste sábado (26), a Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc) completa 50 anos de história. Para celebrar a conquista, a entidade promoverá um encontro com ex-presidentes e está em fase final de lançamento de um livro para contar a trajetória da Federação. Uma das maiores representantes do setor empresarial do Estado, a Facisc está em 220 dos 295 municípios e congrega 34 mil empresas.
Segundo o presidente da Federação, Sérgio Rodrigues Alves, a entidade também retomará, a partir de julho, a construção do Voz Única. A iniciativa reúne as demandas de todas as regiões de Santa Catarina e servirá como uma base de projetos para as discussões da eleição para o governo do Estado, em 2022.
Na última eleição, em 2018, o documento serviu como apoio para as candidaturas e apontou os caminhos para os gestores. Agora, diz Alves, o trabalho será retomado avaliando o que foi feito, o que ficou para trás, e quais são as atuais demandas. A construção do documento será acelerada a partir do segundo semestre.
“Os últimos sinais são de retomada do desenvolvimento econômico do nosso Estado. A economia já está respondendo e temos várias demandas, como a privatização do porto seco de Dionísio Cerqueira”, disse.
Neste sentido, a entidade também sinalizou apoio à proposta de reforma da Previdência estadual e a iniciativa do governo do Estado de colocar recursos estaduais em obras federais de infraestrutura.
“Essa reforma da Previdência não é a primeira e também não vai ser a última. Mas nesse momento é necessário e urgente ser feito isso. É um ato de responsabilidade que a sociedade tem, que os governantes têm com as contas públicas para sobrar dinheiro para investimentos”, disso o presidente.
“Talvez o governador Moisés nem vá se beneficiar dessa reforma, mas os futuros governantes vão poder ter essa folga orçamentária para poder investir na saúde, educação, infraestrutura”, complementou.
Ainda de olho em acelerar a recuperação econômica, o presidente pediu que as pessoas tenham “mais consciência coletiva” e “evitem aglomerações” para que o Estado possa vencer rapidamente a pandemia.
Nesta quinta (23), a entidade elaborou um ofício para entregar ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que está em visita ao Estado. Nele, a Facisc cobra mais atenção com as rodovias catarinenses.
“Hoje nós deveríamos estar recebendo muito mais do que deveríamos do governo federal. Isso é inquestionável. De cada R$ 100 que nós recolhemos, a gente só recebe R$ 18”, destacou Alves.