É um grande perigo confundir a flexibilização das medidas de isolamento social com o fim da pandemia do coronavírus. No fim de semana que passou, foram comuns cenas de pessoas aglomeradas, sem usar máscaras nem manter distância uns dos outros, em restaurantes ou se acotovelando em ruas comerciais e nas praias. Cenas como de uma praia lotada no feriadão aqui em SC até viralizou na internet.
Mais um grande exemplo que a pandemia ainda não acabou, aconteceu aqui em Navegantes. Na última semana, a cidade registrou três óbitos. Essa triste marca iniciou na terça-feira (6) onde faleceu um homem de 39 anos morador do bairro Gravatá. Na quarta (7) foi um homem de 71 anos, do bairro Escalvados e na quinta-feira (8) foi uma mulher de 43 anos, do Centro, sem doença crônica e que estava internada na UTI do Hospital Marieta.
Muitas pessoas se esqueceram de que a flexibilização é uma medida para combater uma das faces danosas da pandemia, a econômica, e que o vírus continua circulando livremente, sem que uma vacina ou cura esteja ainda disponível. Por isso, é imperativo que os cuidados sanitários preventivos sejam preservados, como o uso de máscaras e o distanciamento social. Conscientes dessa situação, autoridades públicas estão ajustando os critérios adotados.
Se o comportamento responsável com a saúde for abandonado pelo cidadão e, consequentemente, não houver uma redução do contágio e das mortes, a flexibilização nunca alcançará o resultado desejado de gerar empregos e renda para os brasileiros.
EDITORIAL: A PANDEMIA NÃO ACABOU
