Segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (2) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Santa Catarina tem 11 regiões com risco grave (laranja) e cinco com risco alto (amarelo) de propagação da Covid-19. Esta é a segunda semana consecutiva em que o Estado não registra nenhuma região com risco gravíssimo (vermelho).
Em relação ao boletim anterior, seis regiões tiveram mudança na avaliação de risco. A Foz do Rio Itajaí, o Médio Vale, a Serra, o Oeste e Xanxerê passaram de risco grave para alto. Já a região do Extremo-Oeste fez o caminho inverso e passou de alto para grave. As demais regiões permaneceram com risco grave.
Além da diminuição da mortalidade da doença em setembro, a melhora na avaliação de risco também está relacionada com a mudança de critérios adotada pela SES.
“Compreendemos que o momento é outro. O gerenciamento tira um pouco o foco da ampliação da estrutura hospitalar catarinense, que já aumentamos consideravelmente, e passa a levar em conta o diagnóstico rápido, o monitoramento e o rastreamento dos contatos”, destacou o secretário de Saúde, André Motta Ribeiro.
No boletim desta semana, o governo do Estado deixou de considerar indicadores como isolamento social e a capacidade hospitalar em detrimento de novos índices, como quantidade de casos ativos em relação à população e capacidade de monitoramento dos doentes.
“Um dos parâmetros de avaliação da intensidade de fluxos que media o papel das grandes cidades na sustentação da transmissão deixa de ser avaliada. A taxa de afastamentos de profissionais de saúde não será mais considerada, pois é possível que haja uma imunidade coletiva neste recorte populacional e o risco de colapso no sistema hospitalar passa a ser muito menor”, explicou a especialista em Epidemiologia do Centro de Operações de Emergência em Saúde, Maria Cristina Willemann.