A restinga, de tão alta, possui trilhas em seu interior, que corroboram com o uso de drogas, prostituição e assédio.
Relatos de insegurança na orla da Praia de Navegantes causaram debate na Câmara de Vereadores, sobre a necessidade de rever as medidas adotadas para a proteção da área de restinga.
A preservação da orla da praia iniciou com o processo de retirada das construções em áreas não edificantes e substituição de plantas exóticas por vegetação nativa, em cumprimento ao Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) firmado, em 2002, com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Desde então, o município tem realizado a recuperação ambiental da área de preservação permanente.
Por esse projeto de recuperação da restinga, o município chegou a ser reconhecido como um dos 100 melhores destinos sustentáveis do mundo, pelo Green Destinations 2023.
Porém, apesar de a preservação da restinga estar cumprindo o seu papel ambiental, problemas de falta de segurança provocados pela vegetação alta têm sido relatados por moradores que caminham pelo deck da praia.

A restinga, de tão alta, possui trilhas em seu interior, que corroboram com o uso de drogas, abrigo para pessoas em situação de rua, ponto de encontro sexual, prostituição, tentativa de estupro e assédio.
Os vereadores Julio Bento (PSD) e Delegada Patrícia (PSD) são favoráveis à poda da vegetação, para que ela fique mais baixa e, consequentemente traga mais segurança aos cidadãos que passam pelo local.
“Encontramos (na restinga) lixo como garrafas de bebidas alcoólicas, cigarro, roupas intimas e preservativos jogados por toda parte”, enfatizou o vereador Julio Bento, que, além da poda da restinga, solicitou ao Executivo a instalação de câmeras de monitoramento em toda a extensão da praia.


Os vereadores ainda ressaltam a preocupação com a manutenção correta da vegetação nativa, a fim de garantir que ela se mantenha preservada e siga cumprindo a sua principal função, de fixação das dunas, protegendo o local de eventos erosivos das ondas e marés. Por isso, defendem que a poda deve ser feita sob observação dos devidos órgãos ambientais.