O Aeroporto de Navegantes celebra a importância da profissão
Nos aeroportos, onde aeronaves chegam e partem em um constante vai e vem, há um time essencial que trabalha longe dos holofotes: os fiscais de pátio. No Aeroporto Internacional de Navegantes (NVT), administrado pela CCR Aeroportos, 23 fiscais de pátio zelam 24 horas por dia pelo ritmo organizado de uma rotina que, aos olhos do leigo, pode parecer um caos. Mas para quem vive ali, cada passo é milimetricamente coreografado.
Esses profissionais, que têm sua importância celebrada neste dia 18 de fevereiro, (Dia do Fiscal de Pátio), garantem que todas as operações terrestres ocorram de forma segura e eficiente, zelando tanto pela movimentação das aeronaves quanto pela segurança dos colaboradores e passageiros.
Enderson Ribeiro, fiscal de pátio há mais de 20 anos, explica que o trabalho vai muito além de sinalizar aeronaves. “Fiscalizamos o pátio em busca de itens perdidos que possam ser sugados pelos motores, inspecionamos pistas, recolhemos animais que possam ter se chocado com aviões e coordenamos o posicionamento das aeronaves nos portões de embarque. Somos responsáveis por manter tudo em ordem, evitando danos aos equipamentos e garantindo a segurança de passageiros e colaboradores”, descreve.
E há também histórias de paixão recente pelo mundo aeronáutico, como a de Luciara Miranda Mackmillan. “Antes de 2021, eu nunca tinha nem entrado em um aeroporto”, revela. “Comecei na limpeza e me apaixonei por esse universo. Hoje, sou responsável por garantir a segurança nas operações de embarque e desembarque, cuidar do fluxo de veículos no pátio e garantir que cada avião tenha um local seguro para pousar ou decolar”, comenta.
Joelson Teixeira, que começou na Força Aérea Brasileira, carrega a aviação no sangue. Para ele, a rotina do pátio é um constante exercício de atenção, onde cada detalhe importa. Ele lembra do dia em que percebeu que as capas protetoras do tubo de pitot ainda estavam no avião prestes a decolar. O alerta que ele deu evitou um problema grave durante o voo. “Ser fiscal de pátio é zelar pelo bem-estar de todos”, ele resume, com a serenidade de quem sabe que cada gesto reflete em segurança.
Já Hélcio da Silveira, com 25 anos de história na área, carrega em sua memória a aterrissagem de um avião “de barriga”, sem o trem de pouso, uma cena tensa, porém marcada pela eficiência do trabalho de sua equipe. “Preservar vidas é o que nos move”, diz ele, com a paixão de quem encontrou na infância, ao observar aviões, o desejo de trabalhar com aviação. Para ele, ser fiscal é ser “a ponta da lança”, garantindo que cada detalhe esteja em ordem para que a aviação aconteça.
A atuação do fiscal de pátio pode passar despercebida, mas seu papel é indispensável para a segurança e a fluidez das operações aeroportuárias. Como verdadeiros guardiões do solo, esses profissionais monitoram cada etapa da movimentação de aeronaves, passageiros e bagagens, garantindo que tudo ocorra dentro dos protocolos estabelecidos. Sua responsabilidade vai desde a fiscalização do pátio e do estacionamento das aeronaves até a orientação de veículos de apoio e a coordenação das operações em solo. Sem eles, seria quase que impossível manter a complexa engrenagem que mantém um aeroporto em funcionamento e garantir a segurança de todos.
