Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina – Seccional Navegantes
Acadêmica: Jornalista Louise Benassi, cadeira n. 13
O que essas eleições mostraram é que a população, em geral, está mais politizada. A figura do “analfabeto político”, atribuído àquelas pessoas que não se interessam como deveriam, não pesquisam, não se informam e não participam como se espera da política, está perdendo espaço para aquele cidadão que se informa, que acompanha e enxerga na política a chave para o desenvolvimento da cidade.
Não adianta mais querer enganar o eleitor, fazer parte de grupos com ideologias que não compactua ou abraçar qualquer bandeira em evidência apenas para ganhar votos. Isso é forçar a barra, é colocar em dúvida a inteligência do cidadão. O eleitor politizado, essencial para uma sociedade democrática saudável, não tem amarras com partido A ou B se o candidato não for de seu agrado.
Não adianta segurar a mão de seja quem for e andar de mãos dadas, o eleitor pode até se ofender com a ousadia de quem pretendeu subestimá-lo. Não adianta tentar vender gato por lebre, porque o eleitor sabe bem quem é o gato e quem realmente é a lebre.
“A política surge não no indivíduo, mas sim entre os indivíduos, que a liberdade e a espontaneidade dos diferentes indivíduos são pressupostos necessários para o surgimento de um espaço entre homens, onde só então se torna possível a política, a verdadeira política. O sentido da política é a liberdade” (Hannah Arendt)
One thought on “ANALFABETOS POLÍTICOS? NÃO MAIS”
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