Raquel Hostins, de 32 anos, e Carin Daiana Salomão, de 37 anos, foram mortas brutalmente.
Na manhã dessa sexta-feira (12), a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre o inquérito que está sendo finalizado sobre o crime que chocou Navegantes no mês passado, quando duas mulheres foram brutalmente mortas dentro de uma residência, no bairro Machados.
De acordo com o delegado Roney Péricles, responsável pelas investigações, o inquérito apontou que os objetos analisados pela Polícia Científica confirmaram a autoria do acusado no duplo assassinato de Raquel Hostins e Caren Salomão. Foram analisadas a faca encontrada pela polícia na casa do acusado e uma pegada com marca de sangue das vítimas.
Ainda segundo o delegado, o acusado só confessou a autoria dos homicídios no segundo interrogatório realizado no presídio com ele, quando a polícia já tinha em mãos imagens de uma câmera de monitoramento que mostram o ocorrido na cena do crime. No primeiro interrogatório, no dia 22 de junho, o acusado negou a autoria, inventando um álibi que, posteriormente, foi descartado pela polícia. As próprias imagens das câmeras mostram contrariedade no que foi relatado pelo autor no primeiro depoimento.
Motivação
O autor falou que teve um desentendimento com Raquel no interior da casa dela e, por estar sob efeito de álcool e outras drogas ilícitas, partiu para cima dela, golpeando-a mais de uma vez com a faca. Sem saber o que estava acontecendo, Karen chegou ao local, foi ate o interior, sem perceber o ocorrido e, para não ser pego em flagrante, o autor também a ataca desprevenida e da mesma forma, para garantir a impunidade do primeiro crime.
A Policia Civil afirmou na coletiva que, a principio, não houve sinal de estupro, porém espera outros materiais que estão em análise no laboratório.
O inquérito está sendo finalizado e o acusado deve permanecer detido no presídio, devido a sua periculosidade, já que ele tem antecedentes criminais, inclusive por violência doméstica.
O delegado Roney acredita que, se condenado, ele deva pegar mais de 60 anos de prisão, pelo crime de duplo homicídio, por motivo fútil e meio cruel. Ele explicou, ainda, que o crime não se enquadra como feminicídio porque acusado e vítima não tinham vinculo, trata-se de um encontro casual.