Em março, um idoso foi morto atropelado ao atravessar uma avenida no bairro Gravata
É o pedestre pensar em atravessar a rua, já começa a Romaria. Tem que rezar para não ser atropelado ou implorar para que um motorista mais paciente pare na faixa para que o cidadão possa passar. Em Navegantes, acidentes têm sido registrados devido à pressa e imprudência de muitos motoristas.
Segundo dados da Fundação do Trânsito de Navegantes – Navetran, há cerca de 60 mil veículos cadastrados, circulando nas ruas da cidade. Esse fluxo intenso tem deixado o trânsito mais perigoso, principalmente para os pedestres.
No dia 09 de março desse ano, um idoso de 63 anos morreu após ser atropelado por um carro na Av. Prefeito José Juvenal Mafra, no bairro Gravatá, A vítima atravessava a avenida pela faixa de pedestres, quando foi atropelado pelo motorista.
A Navetran tem investido em placas de trânsito e pintura de sinalização viária, entretanto, muitos motoristas parecem ignorar a prioridade do pedestre, estabelecida pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu Artigo 70, de atravessar uma rua ou avenida sobre a faixa delimitada.
E a insegurança no trânsito assombra a todos. Em maio, uma mãe denunciou ao Jornal nos Bairros que motoristas que desciam da rodovia BR 470 não respeitavam nem a faixa de pedestres utilizada por pais e alunos para chegar ao CMEI Natalina Sabel do Amaral, no bairro Machados.
Vale ressaltar que o Artigo 214 do CTB define como infração de trânsito gravíssima, sujeita à penalidade de multa, além de 7 pontos no prontuário do condutor, deixar de dar preferência aos pedestres que estiverem atravessando a pista na faixa a eles destinada.
Em casos de lesões ou mortes, o condutor responderá criminalmente. As penas para o crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor estão presentes no artigo 302, com detenção, de dois a quatro anos – inclusos no aumento de um terço à metade da pena-base motoristas que não possuam habilitação e/ou que tenham praticado o crime em faixa de pedestres ou na calçada.
Respeitar as regras e a sinalização são os caminhos para mudar a realidade de violência viária.