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INDIVIDUO EM SITUAÇÃO DE AR(RUA)ÇA

No início da semana, mais um caso envolvendo uma pessoa em situação de rua veio a conhecimento da mídia. Um homem foi preso em Itajaí, pela Guarda Municipal, após agentes o abordarem fumando crack e constatarem que ele possuía mandado de prisão ativo pelo crime de roubo.

Esse caso não é isolado. Nos últimos meses, a problemática social das pessoas em situação de rua vem, constantemente, ganhado o noticiário no Estado, com várias cidades de mãos atadas diante do assunto.

Em Penha, um consultor alemão foi morto, no mês passado, por um argentino que vivia como andarilho, às margens da BR 101, e estava dormindo no depósito da empresa que o consultor trabalhava. Contrariado com a ordem para deixar o local, o andarilho trancou a vítima no depósito e ateou fogo.

Em Navegantes, dois casos graves envolvendo violência praticada por andarilhos ocorreram nos últimos quatro meses. Em outubro, um morador de rua abordou um homem que passava pela rua para tentar vender doces. Em negativa, os dois começaram a discutir. Nisso, o andarilho deu cinco facadas no peito da vítima, que acabou morrendo. O autor foi preso em flagrante.

Já no início desse ano, uma acalorada discussão entre dois andarilhos culminou em morte, no Centro de Navegantes. Após um golpe inicial desferido com um pedaço de madeira, o agressor retaliou, tomando o facão da vítima caída e desferindo golpes fatais. O homem foi preso em flagrante.

Em Balneário Camboriú, também no início desse ano, um gerente de restaurante foi brutalmente assassinado, em seu local de trabalho, por um morador de rua. O assassino teria solicitado comida ao gerente, mas teve seu pedido negado devido ao horário de fechamento do estabelecimento. A negativa teria desencadeado o ataque fatal.

Diante de tais fatos, as autoridades ficam de mãos atadas. Em vários municípios, buscam-se formas mais eficazes de lidar com essa situação. A vereadora Sol Dapper, de Navegantes, foi uma que protocolou um anteprojeto de lei que determina a internação humanizada, com ou sem consentimento, de moradores de rua com dependência química ou distúrbios psiquiátricos.

O direito de ir e vir restringe o trabalho à população em situação de rua, que tem a opção de aceitar qualquer tratamento apenas se desejar, assim como arranjar um emprego se também for da sua vontade. Com isso, as equipes de abordagem social ficam apenas a “enxugar gelo”. Grande parte dessa população não quer sair das ruas e acaba recusando os tratamentos para suas dependências químicas e doenças psiquiátricas e até mesmo o retorno a suas famílias.  Uma pessoa que está fazendo mal a si mesmo, nem pensa duas vezes ao fazer mal ao próximo. Essas pessoas precisam sim ser tratadas, com ou sem consentimento, para poder voltar a conviver em sociedade.


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