O último dia 25 foi alusivo ao Dia Mundial da Adoção. A data é celebrada todos os anos como forma de incentivo à adoção, que nada mais é que a formação de uma família, com filhos que não vieram da barriga, mas sim do coração. Nas redes sociais, também é só “corações” em favor da data, entretanto, na realidade, o preconceito na adoção ainda é grande e precisa ser combatido.
È só um casal ou uma pessoa solo entrar na fila da adoção que já começam os questionamentos: “Você não pode engravidar?”, Mas por que você quer adotar?”, “Fulana depois que adotou conseguiu engravidar”. As pessoas elogiam o ato de adotar, porém, na primeira oportunidade, deixam transparecer que o biológico é o “filho de verdade”.
O preconceito é ainda maior quando se fala de adoção tardia ou adoção necessária. A qualquer comportamento “fora do normal” que uma criança adotiva tenha, não terá seu comportamento julgado por estar em determinada fase da infância ou da adolescência, mas vão dizer que é porque ela é adotada, que já veio no sangue com as cargas negativas dos genitores.
Criança é criança, sendo ela filha biológica ou adotiva. Um adolescente é rebelde devido à explosão de hormônios, não porque é adotado. Além disso, personalidades são moldadas, até mesmo um adulto está constantemente aprendendo e mudando de opinião, por que seria diferente com uma criança ou adolescente?
Outro preconceito está em “rotular a criança adotada como “o filho adotivo do Ciclano”. Por acaso falam “esse é o filho biológico de Beltrano”? Não, então também não há porque rotular, filho é filho e pronto. E para finalizar, ninguém adota para fazer caridade. Adoção é um ato de amor. Tenham sempre isso em mente. Porque enquanto a adoção não for encarada de uma forma natural, os preconceitos continuarão e já passou da hora de mudar essa realidade.