Empresa estrangeira poderá assumir Aeroporto de Navegantes

Especulações no setor apontam que a Motiva colocará à venda 17 aeroportos no Brasil

Um grande número de aeroportos administrados por empresas brasileiras poderá mudar para um operador estrangeiro. De acordo com o site AEROIN, a Motiva (antiga CCR Aeroportos) estaria colocando à venda todas as suas concessões aeroportuárias, para focar em investimentos estratégicos, especialmente em rodovias federais e estaduais.

Se isso se confirmar, os 17 aeroportos sob responsabilidade da companhia localizados no Brasil – incluindo o aeroporto de Navegantes – e mais três no exterior terão suas concessões repassadas para novos grupos, em breve. A venda deverá ser realizada de forma unificada — ou seja, não haverá divisão individual dos ativos — e o valor estimado da negociação gira em torno de R$ 6 bilhões.

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De acordo com a revista Valor Econômico, grupos internacionais como a francesa Vinci Airports, a alemã Fraport e a suíça Zurich Airport (que já é sócia da Motiva na concessão de Confins) estão entre os principais interessados. O fundo de investimentos australiano Macquarie também está no páreo.

Fontes do setor ouvidas pelo AEROIN indicam que as maiores interessadas seriam a Vinci e a espanhola AENA, que busca ampliar sua atuação no Brasil. Atualmente, Vinci e AENA são as maiores operadoras de aeroportos na América Latina. Já a Fraport opera somente os aeroportos Salgado Filho, em Porto Alegre, e Pinto Martins, em Fortaleza, enquanto a Zurich detém participação nas concessões de Confins (MG), Florianópolis (SC), Vitória (ES), Macaé (RJ) e Natal (RN).

Sem mudanças para os usuários

Para os usuários, inicialmente, não haverá mudanças significativas, já que o contrato de concessão prevê a possibilidade de transferência, com o novo operador assumindo integralmente as obrigações de investimento e manutenção estabelecidas no edital original.

Em nota, a Motiva não confirmou as informações, embora, segundo o AEROIN, a empresa tenha afirmado à CVM que “fez a contratação de assessores financeiros para ajudá-la a fazer parte dos potenciais movimentos de consolidação (Lazard e Itau Unibanco para seus ativos aeroportuários e Goldman Sachs e BTG para os ativos de mobilidade).“

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