Um grupo negou-se a participar do processo e retirou-se da votação.
A eleição da nova composição da executiva do MDB de Navegantes, ocorrida na noite desta quarta-feira (21), na sede do Grupo Conviver, gerou conflitos internos no partido. Membros do MDB acusam o atual presidente da sigla, Fredolino Alfredo Bento, o Lino, de direcionar a votação. Já o presidente afirma que foi tudo realizado seguido o regimento interno.
Parte do partido apoiava o ex-vereador Samuel Paganelli para sucessor no comando do diretório, já outra parte apoiava o nome do empresário Joãozinho Matos, em concorrer à presidência. Joãozinho teria sido convencido a entrar na disputa por um grupo de filiados descontentes com os encaminhamentos do partido nos últimos anos.
Esses membros acusam Lino de tentar fraudar a eleição. Eles afirmam que apenas 21 membros do diretório poderiam votar, mas Lino, teria imposto que os três delegados do partido participassem do processo. Lino é um dos delegados e os outros dois delegados teriam sido indicados por ele na composição do diretório, tendo, na soma, direito a votar duas vezes.

Com isso, um grupo negou-se a participar do processo e retirou-se do local. Entre eles estavam quatro ex-presidentes do partido – os ex-prefeitos municipais Deba Cabral e Ci Bento, o ex-deputado João Matos e o ex-vereador Joel Couto – os vereadores Arthur Emílio e Jonas de Souza, além de outros sete membros do diretório e suplentes.
O grupo quer que “o Diretório Estadual do partido se manifeste e, se for o caso, intervenha para garantir a legalidade do processo de escolha”.
Lino diz que a eleição seguiu o regimento interno
Em resposta ao Jornal nos Bairros, ele disse ser “fake” a acusação. “O que ocorreu foi o abandono de um grupo da reunião que iríamos escolher o novo presidente, por não aceitar votos cumulativos dos delegados previstos no estatuto”.
Segundo Lino, o estatuto diz que nas deliberações das convenções e diretórios será admitido o voto cumulativo, ou seja, dado pelo menos convencional credenciado por mais de um título.
Quanto à intervenção estadual, Lino afirma que não será necessário, visto que o entendimento já houve na quarta-feira, com os membros que elegeram o ex-vereador Samuel como presidente. “O fato de um grupo abandonar a reunião, não deslegitima o processo. O processo ocorreu dentro do que preconiza o estatuto”, falou o presidente.