Namorado de adolescente morta em Itajaí é indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver

Ele é acusado, ainda, de prática de violência psicológica contra a menor

 A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Homicídios da DIC de Itajaí (DH/DIC), concluiu a primeira fase do Inquérito Policial instaurado para apurar crime de feminicídio e de ocultação de cadáver contra o namorado de Maria Gabriela Nunes, de 14 anos. A adolescente foi dada como desaparecida e seu corpo foi encontrado dias depois, no rio Itajaí-açu, no lado de Navegantes.

O crime ocorreu no bairro Brilhante, em Itajaí, no dia 12 de fevereiro de 2025. O indiciado, que era namorado da vítima, foi preso de forma temporária, no dia 15 de fevereiro, pelo prazo de trinta dias.

As diligências demonstraram que, além dos crimes já investigados, o namorado praticava violência psicológica contra a adolescente, buscando controlar suas ações, por meio de constrangimentos e de ameaças.

Na última quinta-feira, a primeira fase do Inquérito Policial foi concluída, sendo ele indiciado pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e violência psicológica. A principal motivação estaria atrelada a insatisfação do autor com o interesse de a vítima por fim ao relacionamento, assim como pelo ciúme exacerbado e pelo sentimento de posse que ele nutria por ela.

A Polícia Civil, no mesmo ato, representou pela conversão da prisão temporária em preventiva, pleito deferido neste final de semana pelo Poder Judiciário, logo, ele deverá responder ao processo preso.

O corpo de Maria Gabriela Nunes foi encontrado no rio Itajaí. Foto Divulgação

De acordo com a Polícia Civil, ainda restam diligências em andamento, que devem ser concluídas em breve, como extrações e análises dos conteúdos dos aparelhos telefônicos apreendidos e exame laboratorial de vestígios colhidos, por ocasião de perícias realizadas pela Polícia Científica.

Denúncia do MPSC

De acordo com a denúncia apresentada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí, o homem teria assassinado a vítima com múltiplas facadas no pescoço e nas costas, supostamente motivado pela recusa da adolescente em continuar o relacionamento. O crime teria sido cometido com extrema violência, impossibilitando qualquer chance de defesa por parte da jovem. Após o homicídio, o acusado teria ocultado o corpo da vítima às margens do rio Itajaí-Açu, em Navegantes, onde foi encontrado três dias depois.

A Promotora de Justiça Larissa Moreno Costa destacou a gravidade do caso e a necessidade de punição. “Trata-se de um crime bárbaro, que evidencia o caráter cruel e desumano da violência de gênero. O Ministério Público atuará com firmeza para garantir que o réu responda por seus atos e que a justiça seja feita para a vítima e seus familiares”, afirmou.

Além da condenação, o MPSC solicitou a fixação de uma indenização mínima de R$ 50 mil aos familiares da vítima, conforme previsto no Código de Processo Penal. O caso será encaminhado ao Tribunal do Júri, onde o réu será julgado pelas qualificadoras do crime.

A denúncia inclui um extenso rol de testemunhas, entre elas familiares da vítima e autoridades responsáveis pela investigação. A Promotoria reforça a importância da responsabilização do acusado e da conscientização sobre a violência contra a mulher, que permanece como um grave problema social.

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