Marlene de Souza foi a primeira vereadora de Navegantes

marlene de souza

Dia da Mulher: A carismática proprietária do Bar da Marlene foi uma grande liderança em seu bairro

Nesse Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Jornal nos Bairros homenageia a primeira vereadora mulher eleita em Navegantes, a saudosa Marlene de Souza Delfino. Lembrada por seu carisma e alegria, Marlene teve participação no comércio, na cultura popular e na política navegantina. 

Marlene, da tradicional Família Souza, do bairro São Domingos, nasceu em 13 de maio de 1945, filha de Antonio Pedro de Souza e Emília Linhares de Souza. Foi casada com Zeca Delfino (em memória), com quem teve uma única filha, Valdirene de Souza Delfino.

Era dona do popular Bar da Marlene, que ficava localizado na Rua Itajaí, próximo à esquina que dá entrada para a via portuária. Ali se concentravam os encontros dos amigos e amantes do carnaval.

A Família Souza foi a responsável pela criação da primeira Escola de Samba de Navegantes, a Unidos de São Domingos, fundada em 1980. Marlene era a presidente da escola, juntamente com o Valdir de Souza. A família revolucionou o carnaval de Navegantes, sendo também a responsável pela criação do que já foi o maior bloco de sujos do sul do país, o Navegay.

Antigo Bar da Marlene no Bairro São Domingos em Navegantes

Com sua popularidade, Marlene foi eleita a primeira mulher vereadora da cidade, na 6ª legislatura (1983 – 1988), pelo PDS. Na mesma legislatura, foram eleitos os vereadores Adherbal Ramos Cabral (PMDB), Ari Pivatto (PDS),Hercílio Zuck (PMDB), Jamir Gaya da Silva (PMDB), José João da Silva (MDB), José Olímpio Mianes (PFL), Jurandir Waldemiro da Luz (PFL) e Manoel Maurício da Rocha (PSD).

De acordo com a professora Mônica Santos Delfino, Marlene foi uma mulher que viveu além dos tempos dela. “Uma mulher empreendedora, simpática, divertida, super-empática, convivia com todas as pessoas. Era mãe, esposa, organizada, carnavalesca. Foi a única mulher que foi vereadora do bairro de São Domingos. Acredito que, depois da Marlene, o bairro não elegeu mais ninguém. Ela cuidava de um bar e ela era fumante, naquela época, raras as mulheres que trabalhavam. Então, ela sempre teve essa capacidade de ouvir as pessoas. Mãe super dedicada, conselheira para todos, ela tinha um respeito muito grande. O bairro São Domingos, na época que a Marlene viveu, tinha um respeito e um carinho muito grande”, lembra.  

Marlene partiu cedo, devido a uma insuficiência respiratória, vindo a falecer em 27 de maio de 1989, aos 44 anos, deixando um legado de protagonismo e liderança para as mulheres de Navegantes.   

“A perda dela foi grande para todos, não só para a família, mas para todos, porque ela ajudava muitas pessoas. Ela tinha uma caridade dentro dela, a simplicidade dentro dela. Então, a Marlene foi uma mulher nota mil, ao meu olhar”, concluiu Mônica.

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