O município de Itajaí demoliu a estrutura que permanecia da antiga penitenciária do bairro Nossa Senhora das Graças, popularmente conhecida como Presídio do Matadouro, desativada em 2019. Desde o fechamento da prisão, os moradores cobravam uma destinação para a área, que sofria com invasões e servia para o tráfico e uso de drogas.
Como uma das alternativas, foi sugerida, pela atual administração, a construção de uma escola cívico-militar, na área agora desocupada no bairro.
A sugestão, que não é a única, parece boa para acabar, de vez, com o preconceito que os moradores desse bairro, que é um dos mais carentes de Itajaí, sofrem desde 1908, quando recebeu o apelido Matadouro por ali ter sido construído um matadouro público para bovinos, passando para a década de 50, com a invasão de terras na localidade por pessoas carentes do interior do Vale do Itajaí, e, por fim, a instalação do presídio na década de 80.
Não apenas no bairro Nossa Sra. das Graças, mas com o relato de problema com segurança em muitas escolas públicas, a Escola Cívico-Militar apresenta-se como aliada ao ensinar aos alunos a ordem, o respeito e a disciplina. No bairro Cordeiros, a Escola Melvin Jones era uma escola com alunos violentos, a realidade mudou após a implantação do modelo com gestão compartilhada entre educadores e militares, que foi encerrado em 2023, mas que está para ser retomado em 2026.
O conceito principal de hierarquia não é antidemocrático, como muitos propagam, pois vivemos em uma hierarquia. Na família, pois temos que respeitar pai e mãe; na escola porque temos que respeitar professores e diretores, no ambiente de trabalho porque temos um chefe a quem dar satisfação. Se a criança não aprende a respeitar seus responsáveis e professores, não irá respeitar mais ninguém. Por isso, a importância de aprender tais valores.