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Itajaí fará coletiva para falar de calamidade dos serviços da Saúde

Importantes contratos estão para vencer, sem tempo hábil para novas licitações.

A secretaria de Saúde de Itajaí realizará, na quinta-feira (9), uma coletiva de imprensa, para esclarecer a situação de calamidade dos serviços públicos de saúde prestados pelo município.

Dra. Mylene Lavado, secretária de Saúde, explica que diversos contratos, como de fornecimento de marmitas, enfermeiros, médicos e limpeza das unidades de saúde, estão em prazo de vencimento, sem possibilidade para renovação e sem tempo hábil para novas licitações, o que pode resultar na paralisação desses serviços.  

“A secretaria de Saúde foi encontrada com contratos importantes vencidos e não há possibilidade legal para renová-los. É uma situação crítica que enfrentamos”, ressaltou.

Outros detalhes serão passados aos jornalistas, na ocasião, relatando as dificuldades que enfrenta a nova gestão, após assumir a prefeitura, em 1º de janeiro.  

Situação atual dos contratos e impactos

1. Serviços de Limpeza, Manutenção e Segurança
Comprometimento da higienização e biossegurança nas unidades de saúde;
Risco de proliferação de infecções hospitalares e desorganização administrativa;
Insegurança para pacientes e colaboradores nas unidades.

2. Laboratório de Análises e Exames de Dengue e COVID-19
Interrupção de diagnósticos essenciais para controle de epidemias;
Atrasos nos laudos, aumentando a gravidade dos casos e dificultando o controle epidemiológico.

3. Atendimento Emergencial em Oftalmologia e Exames
Falta de atendimento imediato para retirada de corpos estranhos, podendo levar a complicações graves, como perda da visão;
Desassistência nos diagnósticos oftalmológicos.

4. Médicos, Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem Terceirizados
Redução drástica no quadro funcional, comprometendo atendimentos básicos, emergenciais e hospitalares;
Sobrecarga nos profissionais remanescentes, aumentando o risco de erros e a baixa qualidade do atendimento.


5. Não Chamamento de Concursados
Falta de tempo hábil para substituição de terceirizados, agravando a escassez de profissionais;
Ampliação do tempo de espera para consultas e procedimentos.

6. Equipamentos de Raio-X, Ventilador Pulmonar, Monitor Multiparamétrico e Bombas de Infusão
Indisponibilidade de exames e monitoramento de pacientes graves;
Redução da capacidade de atendimento em emergências e unidades de terapia intensiva.

7. Manutenção de Informática e Locação de Computadores
Falhas em sistemas de agendamento, laudos e controle administrativo;
Paralisação de serviços essenciais, como a gestão de prontuários e comunicação interna.

8. Sistema de Gestão de Saúde (Prontuário Eletrônico)
Interrupção na continuidade do atendimento devido à perda de informações clínicas;
Risco de erros médicos por falta de acesso aos históricos dos pacientes.

9. Manutenção de Ar-Condicionado
 Ambiente insalubre para pacientes e profissionais, especialmente em dias de calor intenso;
Risco de contaminação cruzada devido à falta de climatização adequada.

Situação das Estruturas Físicas das Unidades de Saúde

1. CRESCEM (Centro de Referência da Criança e da Mulher)
Presença de mofo nas paredes;
Substituição de portas;
Vazamento no telhado;
Cobertura da entrada da unidade com vazamento na rampa de acesso para gestantes e cadeirantes.

2. UPA Cordeiros
Reforma dos pisos dos banheiros;
Salas com infiltração e necessidade de realocação da sala de descanso dos profissionais;
Substituição ou reforma das poltronas de medicação;
Substituição de portas;
Comprometimento da área externa, com tubulação de água e esgoto afetada.

3. UBS Votorantim
 Parte da estrutura da unidade cedeu;
Presença de mofo nas paredes;
Necessidade de fechamento da janela na sala de vacinas;
Melhorias na área externa utilizada para serviços e treinamentos, incluindo colocação de piso e melhorias na cobertura.

4. UBS Costa Cavalcante
Substituição do balcão de atendimento na entrada da unidade;
Fechamento da janela na sala de vacinas;
Instalação elétrica comprometida em toda a unidade.

5. UBS Jardim Esperança
Infiltração nas paredes;
Mau dimensionamento dos consultórios;
Reaproveitamento de uma sala externa para uso das equipes de atendimento domiciliar;
Sala de esterilização sendo usada como depósito;
Substituição ou reforma das poltronas de medicação;
Instalação elétrica comprometida em toda a unidade.

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