Frio intenso e geadas devem ser menos frequentes ao longo da estação.
Com a chegada do inverno no Hemisfério Sul, às 17h51min desta quinta-feira, 20, Santa Catarina se prepara para enfrentar uma estação marcada por características climáticas peculiares. O inverno não será muito rigoroso, embora haja possibilidade de eventos meteorológicos severos, como ciclones e frentes frias.
Conforme dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o El Niño teve fim em meados de junho, dando espaço à neutralidade. Com um evento de La Niña previsto para o final do inverno, esta mudança entre os fenômenos deverá impactar diretamente as condições meteorológicas de chuva e temperatura em Santa Catarina
De acordo com a equipe de monitoramento da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, enquanto o litoral e áreas próximas poderão registrar índices acima da média, as regiões do Grande Oeste e Planalto Sul catarinense devem manter-se com chuvas abaixo da média histórica.
Já as temperaturas do inverno catarinense prometem ser mais amenas do que o habitual. Embora ainda sejam esperados episódios de frio intenso, incluindo a possibilidade de geadas e precipitação invernal, espera-se que esses eventos sejam menos frequentes ao longo da estação.
Apesar de o inverno ser característico de temperaturas baixas, a tendência é de condições menos extremas, mesmo assim há possibilidade de eventos meteorológicos severos, como ciclones e frentes frias. Eventos esses que podem resultar em chuvas intensas e requerem uma atenção contínua e preparo adequado por parte da população.
De acordo com a climatologia, a chuva média nos meses de inverno é a menor do ano em Santa Catarina, sobretudo nas áreas litorâneas, Vale do Itajaí e norte do estado, com valores mensais variando de 90 a 130 mm. Já nas cidades do Grande Oeste e Planalto Sul, a precipitação oscila de 110 a 180 mm. “Nesta época do ano, são frequentes entradas de massas de ar frio, que provocam quedas significativas nas temperaturas, além da condição de amplitude térmica (com frio no amanhecer e com temperaturas amenas nas tardes), resultante do tempo mais seco”, afirma a equipe de monitoramento da Proteção e Defesa Civil.
La Niña no final do inverno catarinense
Nos últimos meses, as águas do oceano Pacífico equatorial vêm apresentando resfriamento, o que levou ao fim do fenômeno El Niño, segundo relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos publicado no dia 13 de junho de 2024. O El Niño favoreceu os eventos de chuvas intensas registradas no Sul do Brasil nos últimos meses, mas com o fim do fenômeno, as águas do oceano Pacífico retornam à condição normal, ou seja, à neutralidade. Entretanto, a previsão climática indica a possibilidade de configuração de um evento de La Niña a partir do final do inverno.
Além do El Niño e da La Niña, outros fenômenos que ocorrem no globo terrestre também impactam nos padrões de chuva e temperaturas no estado.
Em condições de neutralidade o inverno catarinense é menos chuvoso, porém em 2024 a tendência é que o cenário seja de chuvas próximas da média nas áreas litorâneas e abaixo da média entre o Grande Oeste e os planaltos. Apesar disso, não se pode excluir a passagem de sistemas meteorológicos, como ciclones e frentes frias, que favoreçam eventos de chuva volumosa no estado.
Já com relação às temperaturas para a estação mais fria do ano, a previsão indica valores acima da média, ou seja, é esperado um inverno mais ameno, mas isso não exclui a chance de episódios de frio intenso, com ocorrência de geadas e precipitação invernal. No entanto, os eventos de frio intenso devem ser menos frequentes.
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