Na última terça-feira (6), duas cenas lamentáveis foram presenciadas no Centro de Navegantes. A primeira, um homem perdendo a razão e quebrando a entrada do posto de saúde central. A segunda, populares revoltados com a situação partindo para a agressão para punir a atitude do depredador.
Vamos aos fatos. É compreensível uma pessoa perder a paciência diante da falta ou ineficiência de um atendimento, principalmente em se tratamento do sistema único de saúde, em que a demanda é grande. Porém, nada justifica a depredação de um espaço público, na qual o prejuízo vai sair dos bolsos dos contribuintes que pagam seus impostos.
Também é compreensível as pessoas ficarem indignadas diante daquilo que consideraram errado. Porém, é injustificável combater violência com mais violência, ainda mais que a pessoa em questão era apenas um homem frustrado que perdeu o controle por não conseguir um atendimento e, certamente, não merecia ser punido com um linchamento, mas sim responder judicialmente pela depredação.
Se o homem foi violento ao bater com um banco até quebrar todas as vidraças da unidade de saúde, mais violentos foram os que o puniram com agressões físicas, deixando-o todo machucado e tendo ser levado ao hospital.
Que lição uma criança tiraria com esse ocorrido? Que vença o que bater mais forte? Não. Não faz sentido, não tem lógica. Antes de sair bancando os “justiceiros”, há de se pensar que nada de bom se colhe com uma atitude violenta, só traz mais revolta e violência.