Sobrecarga do trecho é o principal problema, que demanda obras nas pistas e marginais
Após avaliação negativa, a Arteris, concessionária responsável pela BR-101, planeja apresentar à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) uma proposta de obras para os trechos mais críticos da rodovia, principalmente entre Itapema e Navegantes.
Representantes da agência reguladora estarão em Florianópolis, no dia 19 de junho, para conhecer a proposta da Arteris. Isso ficou definido em reunião com o diretor-geral da ANTT, realizada nesta quarta-feira, dia 31, em Brasília, na qual a FIESC apresentou a situação crítica da rodovia, buscando sensibilizar a ANTT para a urgência de autorizar novas obras. O encontro foi organizado pelo senador Esperidião Amin
Reunião realizada na ANTT, em Brasília, nesta quarta-feira, dia 31
No encontro, a entidade foi representada pelo secretário-executivo da Câmara de Transporte e Logística, Egídio Antônio Martorano, que apresentou à equipe técnica da agência os níveis de eficiência baixíssimos da BR-101, principalmente no segmento Navegantes/Araquari/Joinville.
Martorano destaca que a FIESC vai acompanhar a apresentação da proposta da concessionária no dia 19. “Quem vai definir se a solução apresentada pela Arteris é factível é a agência reguladora”, explica,
Para o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, foi uma reunião fundamental para reforçar à ANTT a necessidade de obras emergenciais para melhorar a segurança e a trafegabilidade da rodovia, que é um corredor logístico estratégico.
ECONOMIA NO ENTORNO DA 101:
Na reunião desta quarta, Egídio apresentou à equipe técnica da ANTT a importância socioeconômica que a BR-101 tem para Santa Catarina. O entorno da rodovia abriga uma população de 3,6 milhões de habitantes, tem um PIB de R$ 186,3 bilhões e movimenta uma corrente de comércio de US$ 34,1 bilhões. Além disso, estão situados 118,9 mil estabelecimentos que empregam 1,3 milhão de trabalhadores. A produção de um dos mais importantes complexos portuários da América do Sul também é transportada pela BR-101.
No entanto, a maior parte dos trechos das rodovias federais apresenta níveis de serviço C, D, E até F, segundo metodologia que mede os níveis de serviço de uma rodovia, com base numa escala que vai de A até F, sendo A bons níveis de serviço e F praticamente parado. No trecho que vai de Balneário Camboriú a Navegantes, por exemplo, o nível de serviço é F.
