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FERIADO DE CARNAVAL DEVE VOLTAR A MOVIMENTAR AS ESTRADAS

Operação Carnaval 2021 registrou queda de 82% nos casos de embriaguez ao volante.

Após dois anos de pandemia e de isolamento social, o feriado de Carnaval deve estimular mais deslocamentos pelas vias e rodovias brasileiras, o que requer atenção e cuidados redobrados para uma viagem tranquila. Em 2020 e 2021 não tivemos Carnaval oficialmente no Brasil – em muitos municípios e estados não houve sequer o feriado -, o que refletiu, também, na redução de acidentes e mortes no trânsito no período.

Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto em 2020 foram registradas 1.233 ocorrências, em 2021, 789 – queda de 36%. O número de feridos passou de 1.597 para 1.020, também 36% menor. A quantidade de mortes nas rodovias caiu 15%, sendo 91 casos na Operação Carnaval 2020 e 77 na edição de 2021.

Sobre a quantidade de infrações de trânsito registradas também houve diminuição de um ano para outro. Foram flagrados 600 casos de embriaguez ao volante em 2021, contra 3.285 em 2020 – redução de 82%. O não uso do cinto de segurança gerou 5.872 autuações, 24% menos que no ano anterior (7.681). As ultrapassagens indevidas (7.121) diminuíram 37% e o uso de celular ao volante (455) caiu 5%.

Redução de acidentes

No Carnaval de 2021, a PRF registrou 86 acidentes, com 96 pessoas feridas e onze mortes nas rodovias federais do Paraná. Foram fiscalizadas 13.682 pessoas e 16.142 veículos. 4.219 infrações foram registradas pelos policiais, nos cerca de quatro mil quilômetros de rodovias federais da circunscrição da PRF no Estado. 403 veículos foram recolhidos aos pátios por diversas irregularidades e 20 foram recuperados. Apesar dos índices em queda, no Distrito Federal, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) flagrou, em três noites da Operação Carnaval 2021, 573 motoristas dirigindo bêbados.

Para Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, para um feriado mais seguro, é preciso que o condutor dirija em plenas condições físicas e psíquicas. “Todos sabem que álcool, drogas e direção não combinam, pois alteram os reflexos e debilitam a concentração. Alguns medicamentos que não são necessariamente controlados também não são indicados para quem vai conduzir veículos”, alerta Campos. Também é preciso respeitar o limite de velocidade, mesmo sem fiscalização no local, pois isso é dever do motorista prudente. “A velocidade da via é estipulada considerando o contexto local, o fluxo de carros, pedestres e o perímetro. Por isso, andar em velocidades incompatíveis, coloca em risco a vida de todos”, finaliza o especialista.


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