De acordo com o médico infectologista, Pablo Sebastian, a vacinação previne as crianças dos casos mais graves da doença e também dos óbitos.
O ano letivo iniciou e, ao todo, serão cerca de 18 mil alunos de volta à sala de aula na rede municipal de Navegantes em 2022, após dois anos de ensino remoto ou híbrido por conta da pandemia. Com o contato inevitável entre os estudantes e profissionais da educação, a Secretaria de Saúde reforça a importância da imunização contra o coronavírus, em especial das crianças entre 5 e 11 anos, que podem receber a vacina desde janeiro.
Infectologista recomenda
De acordo com o médico infectologista, Pablo Sebastian, a vacinação previne as crianças dos casos mais graves da doença e também dos óbitos. “A principal causa de morte por doenças infecciosas de crianças no Brasil, em 2021, foi a Covid-19”, destaca. Segundo dados do Ministério da Saúde, desde o início da pandemia, o coronavírus causou o falecimento de 1.449 de meninos e meninas de 0 a 11 anos de idade até o final de 2021. A doença é a segunda maior causa de óbitos da população nessa faixa etária no país, ficando atrás somente de acidentes de trânsito.
Entre as formas mais graves da doença que podem ser evitadas com a vacinação está a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), que afeta diferentes órgãos do corpo. Foram 2.435 casos registrados de SIM-P associados à Covid-19 até 27 de novembro de 2021 entre crianças e jovens de 19 anos no país.
A vacinação também ajuda na redução da transmissão do vírus. “Quando a pessoa está vacinada e é infectada pela Covid-19, ela desenvolve uma infecção mais leve e com uma menor carga viral. Dessa forma, a pessoa acaba sendo um agente inferior de transmissão, com uma menor capacidade de contaminar outras pessoas. Além disso, a vacinação é a forma mais segura para alcançarmos a tão falada imunidade de rebanho”, explica Pablo. Com a queda na transmissão e circulação do vírus, consequentemente surgem menos variantes, contribuindo para amenizar a pandemia.
O médico infectologista ressalta que todas as vacinas administradas no Brasil são seguras e tiveram seu uso aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regulariza medicamentos e vacinas em todo o país. Os imunizantes também foram aprovados por outras agências reguladoras no mundo.
“É verdade que as vacinas apresentam efeitos colaterais. Porém, os riscos associados à não-vacinação são muito piores na comparação com os benefícios trazidos pela vacinação. É muito importante que toda a população esteja vacinada para que estejamos livres das formas graves de apresentação da doença e, principalmente, das mortes trazidas pela Covid-19”, finaliza.
