Luh Royo é uma amante dos animais. Mas essa paixão ultrapassou os limites do coração e estendeu-se para o seu trabalho. Fotógrafa profissional há mais de sete anos, Luh Royo realizou um ensaio fotográfico com cães e gatos que foram resgatados em sofrimento das ruas de Navegantes e, agora, estão para adoção.
Entre flores, óculos coloridos e gravatinha, foram fotografados 70 animais que procuram por uma família. Os cães e gatos que modelaram participarão, nesse sábado (30/01), das 8h às 12h, da Feira de Adoção do Departamento de Assistência e Bem-Estar Animal – DABA, que será realizada no quartel do Corpo de Bombeiros Militar do bairro Gravatá (Rua Jaraguá do Sul, nº 04).
Fotógrafa voluntária
E esse ensaio não foi o primeiro. A fotógrafa de Navegantes realiza trabalhos voluntários para a causa animal praticamente desde quando iniciou sua carreira. Ela conta que sempre teve vontade em ajudar como voluntária em alguma causa, mas não me sentia apta para tal. Trabalhava na área da comunicação em São Paulo há anos, conhecia muitas pessoas, mas não havia ainda encontrado algo com que se sentisse à vontade, que fizesse o coração bater mais forte.
Já em Navegantes, em 2014, após concluir o curso de fotografia, seu filho estudava em uma escola particular e a proprietária, Raquel Benassi, a ajudava muito a se encaixar no mercado. “Ela me apresentou à Ligia de Oliveira, na época presidente da ONG Pró-Bichos. Foi ali que eu soube qual caminho seguir. Participei de feiras, calendários, dentre outros, sempre fotografando e divulgando nas redes sociais”, lembrou.
Aguenta, coração
E quem pensa que o trabalho voluntário são apenas flores se engana. O coração aperta e a emoção bate. “Às vezes penso em me afastar – e até consigo por um tempo – mas, de alguma forma, acabo voltando. E eu penso em ficar longe justamente porque todas as vezes que fotografo, volto triste, muito triste, com tantas histórias de sofrimento desses animais. Doe demais quando no dia seguinte descarregado as fotos e revejo aquele olhar de sofrimento, imaginando a dor que possa ter passado. Mas eu sempre volto. Gostaria de fazer mais, de me dedicar mais, mas nem sempre é possível”, concluiu.