Estudo revela também insatisfação no âmbito pessoal: 83% dos ouvidos no país querem mudança significativa na própria vida ao fim da crise.
Entre 10 pessoas no Brasil, praticamente nove anseiam por uma mudança em larga escala. É o que mostra a pesquisa “How much is the world yearning for change after the Covid-19 crisis?”, realizada pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial. Nela, 89% dos entrevistados brasileiros concordaram com a frase: eu quero que o mundo mude significativamente e se torne mais sustentável e justo, em vez de voltar a ser como era antes da crise de Covid-19. O estudo foi conduzido com 21 mil pessoas de 28 países.
Globalmente, 86% querem um mundo diferente ao fim da crise sanitária. As nações cujos respondentes mais desejam mudança são, majoritariamente, latinas: Colômbia (94%), Rússia (94%), Peru (93%), Chile (93%) e México (93%). Por outro lado, Coreia do Sul (73%), Alemanha (78%), Holanda (79%), Estados Unidos (79%) e Japão (82%) são as que menos concordam com a afirmação, embora os índices também sejam altos.
Mundo novo, vida nova
Em consonância com o desejo de um novo mundo, mais justo e sustentável, está a vontade dos brasileiros em traçar novos caminhos na vida pessoal. Segundo dados do levantamento, 83% querem que suas vidas mudem significativamente, em vez de voltar a ser como era antes da pandemia. Na média global, 72% compartilham dessa ânsia por mudança.
Os entrevistados que mais querem alterações significativas em suas vidas pessoais são os mexicanos (89%), colombianos (88%), sul-africanos (86%), peruanos (86%) e os sauditas (86%). Já na Holanda (51%), Alemanha (51%), Coreia do Sul (56%), Japão (57%) e Suécia (57%), pouco mais da metade dos ouvidos gostariam de mudanças em suas vidas ao fim da crise.
A pesquisa on-line foi realizada com 21 mil adultos de 28 países, sendo mil representantes brasileiros, entre os dias 21 de agosto e 04 de setembro de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..
Sobre a Ipsos
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