Mesmo em um período de pandemia, Santa Catarina continua com índices bem acima da média nacional em relação ao emprego. O estado segue com a menor taxa de desocupação do país (6,9%) no segundo trimestre de 2020, quase a metade da brasileira (13,3%). Também sustenta o menor percentual de pessoas na informalidade e a maior proporção de trabalhadores com carteira assinada no setor privado do país entre abril e junho deste ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 28, na PNAD Contínua trimestral, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O governador Carlos Moisés reforça que os bons resultados em meio à pandemia são fruto de diversas ações do Governo do Estado, como adotar as medidas de distanciamento social no momento certo e autorizar a retomada das atividades econômicas com responsabilidade, com base nos protocolos sanitários e reuniões periódicas com o setor produtivo. Além disso, o chefe do Executivo estadual cita a desburocratização da abertura de empresas como outro fator que fomenta o empreendedorismo e o emprego no estado.
“Estamos conseguindo manter nossa taxa de desemprego como a menor do país apesar da pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, no enfrentamento à Covid-19, todos os catarinenses têm acesso aos tratamentos de saúde, mas não perdemos o foco em manter o emprego e renda em Santa Catarina”, ressalta o governador.
Santa Catarina também se destaca na taxa de informalidade entre as pessoas ocupadas. No Brasil, o índice ficou em 36,9% (30,8 milhões de pessoas) da população ocupada. O estado teve a menor taxa de informalidade entre as unidades da federação, com 25,8%, seguido por Distrito Federal (26,0%) e São Paulo (28,6%). Os maiores percentuais foram registrados no Pará (56,4%), Maranhão (55,6%) e Amazonas (55,0%).
“Seguimos firmes com nossa missão de contribuir com políticas de estado perenes. Um trabalho feito em conjunto com as entidades e setor produtivo em prol do desenvolvimento, oportunidades e crescimento econômico, fortalece essa espiral de prosperidade, esperança e confiança no Estado”, destaca o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Siqueira.
Maior percentual com carteira assinada
O perfil empreendedor do catarinense também impacta nos índices, acrescenta o economista da pasta Pietro Aruto.
“O melhor resultado relativo dos trabalhadores catarinenses comparado ao Brasil passa por características históricas, como diversidade econômica, formalidade, pequena propriedade, intensidade tecnológica, entre outras. Aliadas com as conjunturais, como o trabalho de retomada econômica que vem sendo desenvolvido pelo Governo de Santa Catarina, assim como as medidas econômicas de manutenção de emprego e auxílio emergencial. A SDE segue trabalhando para manter e ampliar as políticas de geração de renda e de emprego”, pontua.
Quanto ao percentual de pessoas desalentadas, que estão fora do mercado, mas fazem parte da força de trabalho potencial, o estado catarinense ainda conta com a menor taxa, 1,4%, enquanto o Brasil registrou 5,6% no segundo trimestre.
Outro dado que contribuiu para que Santa Catarina obtivesse bons resultados foi a população em idade de trabalhar, que registrou 6,13 milhões de pessoas, um crescimento de 2% no trimestre, ou seja 121 mil pessoas a mais.
O resultado para Santa Catarina não foi diferente quando se trata do percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo os trabalhadores domésticos). O estado teve um crescimento de 88,8% para 90,5% do primeiro para o segundo trimestre, registrando o maior índice do país. Os menores percentuais foram registrados no Maranhão (53,7%), Piauí (58,1%) e Pará (60,2%), enquanto a média brasileira ficou em 77,7%.
Menor taxa de desemprego do país em 2019
Santa Catarina registrou nesta semana, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, 6,2% de taxa de desocupação em 2019, o menor índice do país. A média nacional foi de 11,7%, o que consolida o estado como destaque nacional na geração de emprego.